Quê figura de linguagem costutuem as expressões "nos céus " e " no chão "
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Toda a acção da peça decorre no pátio Belvedere, conhecido por hortulus ou viridarium, em 1 de Novembro 1512. O pátio denominado Pátio das Estátuas, que hoje se conhece por Pátio Octogonal (planta quadrada com os vértices cortados, que formam mais quatro lados, bem mais pequenos que os do quadrado base), era um pequeno jardim (hoje ladrilhado) no pátio interior do palácio de Inocêncio VIII (Papa 1484-1492), o Palácio Belvedere, então residência papal. No pátio ladrilhado ainda se encontra a tradicional fonte no seu centro, desconhecemos se na sua forma original, que serviria também de bebedouro para os cavalos.
O jardim de Belvedere como Museu do Vaticano, no seu início só foi aberto a visitas públicas de populares (pagas, tal como qualquer entrada numa igreja de Roma) a partir de 1510, algures entre Agosto 1510 e o fim desse ano, período em que também estiveram suspensos os trabalhos de pintura de Miguel Ângelo na abóbada da Capela Sistina... E desde então, com algumas interrupções, se tem mantido até hoje aberto ao público a troco de um pagamento.
Assim, nas próprias cenas do Auto, embora o texto da peça de que dispomos o não refira, poderão encontrar-se várias pessoas (muitos figurantes) pelo jardim, apreciando as plantas de cheiro e as primeiras estátuas do Museu: o Apolo de Belvedere, o Laocoonte, etc.. Numa encenação (embora abusiva) poderão estar também presentes algumas daquelas esculturas (inacabadas) cuja realização foi iniciada por Miguel Ângelo para o primeiro projecto da Sepultura de Júlio II …
A acção da peça inicia-se logo após o momento em que se acabou de celebrar a missa dita pelo Papa na Capela Sistina, e a cerimónia inaugural da apresentação pública da pintura de Miguel Ângelo na abóbada. A introdução - até ao verso 29 (seriam 30, um dos versos foi cortado pela censura) - é a apresentação do protagonista, a personagem principal, o Velho que figura o Papa Júlio II. Este apresenta-se em cena, na manhã de 1 Novembro de 1512 como um santo homem rezando um pai-nosso enquanto aprecia as estátuas (simbolizando a missa acabada de celebrar). A oração, modificada, figura ainda uma explicação do latim de igreja usado e as preocupações pessoais de Júlio II que se dirige rezando à estátua de Apolo.
A confirmar a data da representação da peça está a paródia de Gil Vicente à ladaínha tradicional a Todos-os-Santos da Alcoviteira: a todos santos marteirados.
A aparência e a realidade temática Gil Vicente apresenta o conceito fundamental da peça pelas palavras do Velho acerca da natureza do amor, seguindo o formulário lírico da época. (*)
O Velho no fim dos seus dias (um velho amante) prossegue com a sua paixão, agora uma menina, uma Arte nova (ervas novas).
Uma menina (a pintura de Miguel Ângelo) que se lhe apresentou na sua velhice. Perante a situação o Velho sabe que desse amor não receberá nada em troca. Jamais a Moça lhe poderá retribuir um amor semelhante… A não ser na sua Sepultura: - que morrer é acabar / e amor não tem saída.Moça: Que folgura!
Que pomar e que verdura,
que fonte tão esmerada…
Velho: Na água, olhai vossa figura,
vereis minha Sepultura
ser chegada.
Aqui a síntese entre o parvo e o filósofo de Floresta de Enganos, a síntese alcançada pelo autor na construção do diálogo atinge um dos pontos altos da sua mestria: não só é perfeito para a leitura pelo espírito (alma) mais simples (parvo), um Velho apaixonado por uma jovem que zomba dele; como se aplica perfeitamente a uma leitura mais complexa, pelo espírito (alma) mais complexo (filósofo) integrando na História da Europa da época, o carácter da figura representada no protagonista, apresentando o legado mais importante que o Papa Júlio II deixou às gerações futuras, às ideologias, e mais ainda, à filosofia da Arte, pelo prazer inteligível, que só podemos alcançar pelo desfrutar da uma obra Arte. .
O jardim de Belvedere como Museu do Vaticano, no seu início só foi aberto a visitas públicas de populares (pagas, tal como qualquer entrada numa igreja de Roma) a partir de 1510, algures entre Agosto 1510 e o fim desse ano, período em que também estiveram suspensos os trabalhos de pintura de Miguel Ângelo na abóbada da Capela Sistina... E desde então, com algumas interrupções, se tem mantido até hoje aberto ao público a troco de um pagamento.
Assim, nas próprias cenas do Auto, embora o texto da peça de que dispomos o não refira, poderão encontrar-se várias pessoas (muitos figurantes) pelo jardim, apreciando as plantas de cheiro e as primeiras estátuas do Museu: o Apolo de Belvedere, o Laocoonte, etc.. Numa encenação (embora abusiva) poderão estar também presentes algumas daquelas esculturas (inacabadas) cuja realização foi iniciada por Miguel Ângelo para o primeiro projecto da Sepultura de Júlio II …
A acção da peça inicia-se logo após o momento em que se acabou de celebrar a missa dita pelo Papa na Capela Sistina, e a cerimónia inaugural da apresentação pública da pintura de Miguel Ângelo na abóbada. A introdução - até ao verso 29 (seriam 30, um dos versos foi cortado pela censura) - é a apresentação do protagonista, a personagem principal, o Velho que figura o Papa Júlio II. Este apresenta-se em cena, na manhã de 1 Novembro de 1512 como um santo homem rezando um pai-nosso enquanto aprecia as estátuas (simbolizando a missa acabada de celebrar). A oração, modificada, figura ainda uma explicação do latim de igreja usado e as preocupações pessoais de Júlio II que se dirige rezando à estátua de Apolo.
A confirmar a data da representação da peça está a paródia de Gil Vicente à ladaínha tradicional a Todos-os-Santos da Alcoviteira: a todos santos marteirados.
A aparência e a realidade temática Gil Vicente apresenta o conceito fundamental da peça pelas palavras do Velho acerca da natureza do amor, seguindo o formulário lírico da época. (*)
O Velho no fim dos seus dias (um velho amante) prossegue com a sua paixão, agora uma menina, uma Arte nova (ervas novas).
Uma menina (a pintura de Miguel Ângelo) que se lhe apresentou na sua velhice. Perante a situação o Velho sabe que desse amor não receberá nada em troca. Jamais a Moça lhe poderá retribuir um amor semelhante… A não ser na sua Sepultura: - que morrer é acabar / e amor não tem saída.Moça: Que folgura!
Que pomar e que verdura,
que fonte tão esmerada…
Velho: Na água, olhai vossa figura,
vereis minha Sepultura
ser chegada.
Aqui a síntese entre o parvo e o filósofo de Floresta de Enganos, a síntese alcançada pelo autor na construção do diálogo atinge um dos pontos altos da sua mestria: não só é perfeito para a leitura pelo espírito (alma) mais simples (parvo), um Velho apaixonado por uma jovem que zomba dele; como se aplica perfeitamente a uma leitura mais complexa, pelo espírito (alma) mais complexo (filósofo) integrando na História da Europa da época, o carácter da figura representada no protagonista, apresentando o legado mais importante que o Papa Júlio II deixou às gerações futuras, às ideologias, e mais ainda, à filosofia da Arte, pelo prazer inteligível, que só podemos alcançar pelo desfrutar da uma obra Arte. .
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