História, perguntado por pedrocr759, 11 meses atrás

que fatores influenciam nos processos de independência da África?​


kaioduartcosta: Olá! se puder, marque a minha resposta como a melhor resposta! isto demonstra que você reconhece meu esforço e dedicação em escrever a sua resposta!♥️

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Respondido por kaioduartcosta
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No processo de descolonização da África, vários líderes africanos procuraram adaptar ideologias ocidentais à realidade africana. A teoria pan-africanista foi desenvolvida principalmente por africanos que viviam na América e que eram descendentes de africanos escravizados. O pan-africanismo foi um movimento político, social e filosófico, que promoveu a defesa dos direitos do povo e da unidade do continente africano como um único Estado soberano, para todos os africanos, tanto na África como fora dela. Considerado o pai do pan-africanismo, William Edward Burghardt Du Bois, organizou, entre 1919 e 1945, os cinco primeiros Congressos pan-africanos. O Quinto Congresso, ocorrido em Manchester, defendeu a Carta do Atlântico e a luta contra a subnutrição e o analfabetismo.

Em 1958, a Conferência de Acra (capital de Gana) congregou dirigentes de nações africanas independentes: Egito, Líbia, Sudão, Libéria, Etiópia, Gana e Marrocos. Na conferência foi decidido que haveria solidariedade em relação às potências colonialistas.

Na Conferência de Adis-Abeba (Etiópia, 1963), foi criada a organização da Unidade Africana e assinada a Carta Africana. Esta organização tinha como objetivo promover a unidade dos Estados africanos e eliminar todas as formas de colonialismo no continente. No ano seguinte, em Dar Es Salaam (Tanzânia), foi criado o Comitê de Libertação Africana para coordenar a ajuda financeira e o treinamento militar de africanos.

A última etapa da descolonização da África ocorreu nas colônias portuguesas. Em Cabo Verde e Guiné, desde 1956, existia o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), que recorreu à luta armada para se libertar de Portugal. Ainda em 1956, Agostinho Neto formou o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), que também declarou guerra contra o colonialismo português. Em Moçambique, foi criada a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO). Em 1973, Guiné-Bissau adquiriu a sua independência.

O golpe de estado militar do dia 25 de abril de 1974 derrubou em um único dia, o regime político que vigorava em Portugal desde 1926. Este levante é conhecido como Dia D, 25 de Abril, ou Revolução dos Cravos. A partir daí foram iniciadas as negociações para que as colônias portuguesas se tornassem independentes. No caso de Moçambique, isto ocorreu em 25 de julho de 1975.

Angola deveria ter se tornado independente em 1975. Mas, em decorrência das relações deterioradas, Portugal abandonou o território antes da data, o que ocasionou uma luta pelo poder. O país sofreu uma terrível guerra civil, pois três grupos políticos lutavam pela independência: o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), de orientação socialista e liderado por Agostinho Neto, a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) e a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA). O MPLA, por ser um movimento de esquerda, foi apoiado por Cuba e pela União Soviética, enquanto a UNITA pelos Estados Unidos.

Angola foi dividida entre a UNITA e o MPLA, com a ONU tentando promover uma política de desarmamento.

Angola é um exemplo concreto das consequências terríveis do imperialismo europeu na África. Não há dúvida de que deixou marcas profundas no território e na civilização africana.

A estrutura da sociedade primitiva tribal foi destruída, ou descaracterizada, sem haver assimilação do novo modo de vida “europeizante”. A mais grave consequência da colonização europeia na África foi o fato de que as fronteiras estabelecidas pelos poderes imperiais não levaram em consideração as divergências tribais, resultando até hoje em guerras tribais e campanhas de genocídio.

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