. Que explicações existem para a origem evolutiva dos microfilos e megafilos? Quais grupos
de plantas vasculares sem sementes têm microfilos? Quais têm megafilos?
Soluções para a tarefa
Explicação:
As plantas vasculares sem sementes são aquelas que possuem tecido condutor, ou seja, xilema e floema. A presença desses tecidos contribuiu para o sucesso das plantas na ocupação do ambiente terrestre. O xilema é um tecido que conduz água e sais minerais, ao passo que o floema conduz açúcares e outros compostos orgânicos produzidos pelas folhas. As substâncias transportadas pelo xilema recebem o nome de seiva xilemática, e as transportadas pelo floema constituem a seiva floemática. A capacidade de sintetizar lignina foi iniciada neste grupo de plantas. A adição de lignina à parede celular das células de sustentação e do xilema tornou-as rígidas, permitindo que as plantas se mantivessem eretas e alcançassem grandes alturas. Essas plantas apresentam raiz, caule e folhas, porém as flores e sementes estão ausentes.
Apesar de exibirem caracteres evolutivos novos, como os relatados acima, as plantas vasculares sem sementes ainda compartilham certas características em comum com as briófitas, como a dependência da água para a reprodução. Existem cerca de 13.500 espécies pertencentes a este grupo de plantas, que ocupam os mais variados ambientes, sendo conhecidas espécies terrestres, aquáticas, trepadeiras e também epífitas (plantas que vivem sobre outras, porém não retiram nutrientes, só as utilizam como apoio) (Figura 1). Dessa forma, apresentam uma grande diversidade de tamanhos, desde plantas muito pequenas, com 2 centímetros de comprimento, até árvores com mais de 10 metros de altura.

Figura 1. A diversidade de pteridófitas é ilustrada por alguns representantes desse grupo. (A) Esporófito com estróbilos (seta) em Lycopodium dendroideum, representante do filo Lycopodiophyta. (B) Selaginella, outra espécie pertencente ao filo Lycopodiophyta. (C) Samambaia, uma representante do filo Pteridophyta. (D) Espécie de samambaia epífita. (E) Ramos férteis e (F) ramos vegetativos de uma espécie de cavalinha. Observar os estróbilos (seta). Fotos: (A) Jeff Holcombe, (B) GOLFX, (C) Efetova Anna, (D) Amit kg, (E) Teresa Otto, (F) LEONARDO VITI / Shutterstock.com
Como ocorre em todas as plantas, as plantas vasculares também apresentam em seu ciclo de vida uma alternância de gerações, ou seja, elas passam por uma fase haploide (n), denominada de gametófito, que se alterna com a geração diploide (2n), conhecida como esporófito. No gametófito ocorre a produção de gametas e também a formação do zigoto, através da união do gameta masculino ao gameta feminino. O zigoto irá se dividir e formar o embrião, que dará origem ao esporófito. Através da meiose, o esporófito produz os esporos, que irão gerar novos gametófitos, completando o ciclo. Diferentemente das briófitas, nas plantas vasculares predomina-se a fase esporofítica (2n), a qual é maior, mais complexa. O gametófito (n) é pouco desenvolvido e contribui para a nutrição do esporófito apenas no início do seu crescimento. Com a formação de raízes e folhas, o esporófito não depende mais do gametófito, o qual regride.
As plantas vasculares podem ser classificadas em homosporadas (ou isosporadas) e heterosporadas, de acordo com o tipo de esporo produzido. Quase todas as plantas vasculares sem sementes são classificadas como homosporadas, que são plantas produtoras de apenas um tipo de esporo, originando um gametófito bissexuado, isto é, que exibe tanto anterídios (locais de síntese dos gametas masculinos) como arquegônios (locais de síntese dos gametas femininos). Para evitar a autofecundação, nessas espécies os anterídios não amadurecem ao mesmo tempo que os arquegônios. Todas as plantas com sementes (angiospermas e gimnospermas) e apenas algumas plantas vasculares sem sementes são heterosporadas, ou seja, possuem dois tipos de esporos. As regiões nas plantas que produzem esporos são conhecidas como esporângios. Os esporos são chamados de micrósporos e megásporos e são produzidos no microsporângio e no megasporângio, respectivamente. Os microsporângios originam os gametófitos masculinos, denominados microgametófitos, e os megasporângios formam os gametófitos femininos, chamados de megagametófitos. Esses dois gametófitos são extremamente reduzidos quando comparados com as estruturas reconhecidos como homosporádas