QUE EU HEI DE AMAR...
Essa que eu hei de amar perdidamente um dia,
será tão loura, e clara, e vagarosa, e bela,
que pensarei que é o sol que vem, pela janela,
trazer luz e calor a esta alma escura e fria.
E, quando ela passar, tudo o que eu não sentia
da vida há de acordar no coração, que vela...
E ela irá como o sol, e eu irei atrás dela
como sombra feliz... — Tudo isso eu me dizia,
quando alguém me chamou. Olhei: um vulto louro,
e claro, e vagaroso, e belo, na luz de ouro
do poente, me dizia adeus, como um sol triste...
E falou-me de longe: “Eu passei a teu lado,
mas ias tão perdido em teu sonho dourado,
meu pobre sonhador, que nem sequer me viste!
ALMEIDA, Guilherme de. Toda a poesia . São Paulo:
Martins, 1952. T.1. p. 146-7.
1. A imagem de mulher que corresponde à do texto é:
Escolha uma: a. a das virgens lindas e distantes do ultraromantismo; b. a das mulatas carnudas e sensuais de Jorge Amado; c. a de Iracema, modelo de mulher nativa brasileira; d. a das louras prostituídas do simbolismo francês;Soluções para a tarefa
Quem vive a sonhar com seu amor, dormirá na doce ilusão de seus sonhos, e não se aperceberá de quem vive ao seu lado.
É isso!