que elementos podem ser investigados para se indenficar um fóssil?
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Hoje sabemos há quantos bilhões de anos surgiu a primeira forma de vida na Terra ou há quantos milhões de anos os dinossauros se extinguiram. Mas você já parou para pensar como é que os cientistas fazem para descobrir isso? Como podemos saber a distância de tempo que nos separa de um animal que viveu muito antes de nós mesmos surgirmos? Como se descobre a idade de um fóssil?
A importância dessa atividade até fez surgir um ramo na Geologia dedicado a datar os fósseis - a Geocronologia.
Carbono-14
Uma das maneiras de datação histórica é medir, no objeto estudado, a proporção de carbono-14, um dos principais componentes dos seres vivos. Por isso, o método só serve para datar coisas orgânicas, como ossos, tecidos, madeira ou papel. Antes de mais nada, vamos a uma breve aula de Química...
Os átomos do elemento carbono (C) podem ser encontrados na natureza de diferentes formas (isótopos). Uma delas é o carbono-14, que possui 6 prótons e 8 nêutrons em seu núcleo (número de massa (A) = 14). Embora extremamente raro (0,001% do carbono na natureza), é também extremamente importante para essa Ciência.
Seus átomos são instáveis e tendem a emitir uma partícula beta, em forma de radiação, transformando-se em nitrogênio-14. Em 5.730 anos, uma certa quantidade de carbono-14 ficará reduzida à metade, sendo a outra metade transformada em nitrogênio-14. Esse tempo é chamado de meia-vida, e corresponde a um tempo fixo que um elemento leva para reduzir sua massa à metade. Por exemplo, se tivermos 100 g de carbono-14, daqui a 5.730 anos teremos apenas 50 g. E, se esperarmos mais 5.730 anos, haverá apenas 25 g, e assim por diante.
A meia-vida do carbono-14 é relativamente muito curta, e ele só pode ser usado para calcular a idade de organismos que viveram até 50 mil anos atrás - depois disso, sua quantidade se torna desprezível, e a técnica, ineficiente. Para fósseis mais antigos é preciso recorrer a elementos radioativos de meia-vida mais longa, como o potássio-40 (meia-vida de 1,3 bilhão de anos) e o urânio-238 (meia-vida de 4,5 bilhões de anos).
O carbono-14 é continuamente formado nas camadas superiores da atmosfera. Absorvido pelas plantas por meio da fotossíntese, chega ao corpo de todos os seres vivos através da cadeia alimentar. A proporção desse isótopo nos tecidos vivos permanece constante durante toda a vida, enquanto é reposto, mas começa a diminuir após a morte devido à radioatividade. Essa proporção em um ser vivo é a mesma que existe em equilíbrio na atmosfera - como a velocidade com que o carbono-14 se forma nela é a mesma com que ele se desintegra, sua concentração na Terra permanece constante.
Partindo desses princípios, uma amostra de alguns miligramas de algum material descoberto é colocada num aparelho chamado espectrômetro de massa, capaz de medir o número de massa e o percentual de átomos de um elemento. Então, basta calcular a porção de carbono-14 que já foi degradada e não está mais presente no fóssil. Conhecendo sua meia-vida (5.730 anos), podemos determinar a idade do achado de forma bastante precisa.
A importância dessa atividade até fez surgir um ramo na Geologia dedicado a datar os fósseis - a Geocronologia.
Carbono-14
Uma das maneiras de datação histórica é medir, no objeto estudado, a proporção de carbono-14, um dos principais componentes dos seres vivos. Por isso, o método só serve para datar coisas orgânicas, como ossos, tecidos, madeira ou papel. Antes de mais nada, vamos a uma breve aula de Química...
Os átomos do elemento carbono (C) podem ser encontrados na natureza de diferentes formas (isótopos). Uma delas é o carbono-14, que possui 6 prótons e 8 nêutrons em seu núcleo (número de massa (A) = 14). Embora extremamente raro (0,001% do carbono na natureza), é também extremamente importante para essa Ciência.
Seus átomos são instáveis e tendem a emitir uma partícula beta, em forma de radiação, transformando-se em nitrogênio-14. Em 5.730 anos, uma certa quantidade de carbono-14 ficará reduzida à metade, sendo a outra metade transformada em nitrogênio-14. Esse tempo é chamado de meia-vida, e corresponde a um tempo fixo que um elemento leva para reduzir sua massa à metade. Por exemplo, se tivermos 100 g de carbono-14, daqui a 5.730 anos teremos apenas 50 g. E, se esperarmos mais 5.730 anos, haverá apenas 25 g, e assim por diante.
A meia-vida do carbono-14 é relativamente muito curta, e ele só pode ser usado para calcular a idade de organismos que viveram até 50 mil anos atrás - depois disso, sua quantidade se torna desprezível, e a técnica, ineficiente. Para fósseis mais antigos é preciso recorrer a elementos radioativos de meia-vida mais longa, como o potássio-40 (meia-vida de 1,3 bilhão de anos) e o urânio-238 (meia-vida de 4,5 bilhões de anos).
O carbono-14 é continuamente formado nas camadas superiores da atmosfera. Absorvido pelas plantas por meio da fotossíntese, chega ao corpo de todos os seres vivos através da cadeia alimentar. A proporção desse isótopo nos tecidos vivos permanece constante durante toda a vida, enquanto é reposto, mas começa a diminuir após a morte devido à radioatividade. Essa proporção em um ser vivo é a mesma que existe em equilíbrio na atmosfera - como a velocidade com que o carbono-14 se forma nela é a mesma com que ele se desintegra, sua concentração na Terra permanece constante.
Partindo desses princípios, uma amostra de alguns miligramas de algum material descoberto é colocada num aparelho chamado espectrômetro de massa, capaz de medir o número de massa e o percentual de átomos de um elemento. Então, basta calcular a porção de carbono-14 que já foi degradada e não está mais presente no fóssil. Conhecendo sua meia-vida (5.730 anos), podemos determinar a idade do achado de forma bastante precisa.
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