QUE ELEMENTO DAA PINTURA EVIDENCIAM AS DIFERENTES ETNIAS AFRICANAS REPRESENTADAS? ME AJUDEM POR FAVOR É PRA HOJE
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Resposta:
O termo "mina", quando usado como designação étnica de africanos escravizados nas Américas, entre os séculos XVII e XIX, tem sido geralmente interpretado como relativo a pessoas trazidas da chamada Costa do Ouro (para os portugueses, Costa da Mina). A Costa do Ouro corresponde, grosso modo, à atual Gana, região de povos falantes das línguas akam (fante, twi, etc.), que predominavam nesta área da costa e em sua imediata hinterlândia. Este uso do termo "mina" gerou uma interpretação convencional de que eles falariam a língua akam. Em artigo recente, a historiadora americana Gwendolyn Midlo Hall questionou esta interpretação, sugerindo que a maior parte dos chamados "minas" nas Américas vinham da Costa dos Escravos, que corresponde, segundo a designação atual, ao trecho da costa que vai do sudeste de Gana – passando pelo Togo – até o Benim, ao longo do qual se concentram os povos de línguas genericamente denominadas "gbe" – antes conhecidas como "ewe" – que, segundo Hall, seria a língua falada pelos "minas". Atualmente, considera-se que a língua gbe abarca, além do ewe, o adja e o fon. Dada a força numérica da presença "mina" nas Américas, como corretamente observa Hall, esta revisão altera substancialmente a compreensão da formação étnica dos povos africanos nas Américas1.
Visando uma discussão mais aprofundada da questão, este capítulo apresenta, de forma mais detalhada do que foi possível ser feito por Hall, naquela ocasião, dois pontos importantes: em primeiro lugar, a aplicação do nome "mina" como ele era usado pelos europeus na África Ocidental; e, em segundo, o conjunto de significados a ele associados nas Américas. Antes de mais nada, é preciso destacar que a separação das informações relativas à África e às Américas está sendo adotada por mera conveniência de exposição, já que, de fato, esta terminologia étnica se desdobra num processo de mútua interação, dos dois lados do Atlântico. Um exemplo é o uso que os ex-escravos retornados do Brasil para a Costa dos Escravos fazem do termo "nagô". No Brasil, como já argumentei em outra ocasião, o termo indicava o conjunto de povos de língua iorubá aí reunidos. Muito provavelmente, esta acepção do termo passou a ser usada na África Ocidental a partir de 1830, quando ex-escravos, vindos do Brasil, chegaram à Costa dos Escravos, alimentando o uso brasileiro de um termo originariamente africano2.
O argumento oferecido aqui é o de que, no seu sentido original, ou seja, na África Ocidental, o nome "mina" estava efetivamente relacionado à Costa do Ouro e a pessoas dela originárias, mesmo que assentadas em outras localidades. Neste grupo estão incluídos tanto os povos de línguas ga-adangme, situados a oeste do Rio Volta, no lado leste da Costa do Ouro, quanto os que falavam akam3. Embora em algumas ocasisões, especialmente no Brasil, o termo tenha sido usado de modo extensivo, incluindo povos de fala gbe, é questionavel se ele alguma vez designou os que falam gbe como distintos dos de língua akam, o mesmo ocorrendo no restante das Américas. A implicação disto, ou seja, o entendimento de que os "minas", nas Américas, abarcam povos de fala gbe e akam, é que a extensão dos povos de língua gbe nas Américas tem que ser substancialmente depreciada em relação ao estimado por Hall, que não calcula a presença dos que falam akam entre eles.
Não sei se é isso... Mas... Espero ter ajudado
Explicação:
Achei no Gpogle