História, perguntado por Rafaella0907, 11 meses atrás

que diferença existe entre essa produção literária e a produção artística clerical?​

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Respondido por gigihK2
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RESUMO

O presente artigo estuda a permanência dos mitos celtas no folclore medieval e como seus temas e motivos são assimilados pela cultura clerical do século XII em diante. O principal propósito do mesmo é analisar a dimensão simbólica dos mitos celtas e o deslocamento de seu sentido original nos textos produzidos no meio cavaleiresco.  

Palavras-chave: Cultura Medieval; Mitos; Representações.

 

ABSTRACT  

The present article studies the constancy of the celtic myths in the medieval folklore and how its themes and motifs are assimilated for the clerical culture of the XIIth. century and forth. The principal purpose of this article is analyse the symbolical dimension of the celtic myths and the displacement of its original sense in the literary texts produced in the chivalrous environment.  

Keywords: Medieval Culture; Myths; Representations.

 

 

As fadas encontraram seu espaço na literatura de entretenimento nos séculos XII-XIII. Com o despontar da literatura narrativa de Corte na segunda metade do século XII, - produção literária esta em língua vulgar e constituída em torno dos principados regionais que melhor souberam se adequar à expansão comercial e ao desenvolvimento urbano do período, como é o caso dos condados de Champagne e Flandres -, o tema da fada que se deixa surpreender pelo cavaleiro por quem se apaixona, cumulando-o de benefícios e riquezas, torna-se uma constante nos lais e romances de cavalaria franceses do final do século XII em diante, surgindo com ele todo um conjunto de referenciais relacionados ao mundo das fadas: animais maravilhosos que conduzem o cavaleiro ao outro mundo feérico, rivais ou inimigos declarados que ele encontra por lá etc. Contudo, as fadas e as criaturas feéricas em geral também acharam acolhida na literatura escrita em latim produzida no âmbito da Corte de Henrique II Plantagenet. Com a ascensão deste monarca ao trono da Inglaterra, jovens instruídos nas universidades francesas e italianas foram contratados para a função de "curiales", funcionários especializados na administração jurídica e fiscal do reino. Duas autênticas coletâneas de maravilhas surgirão deste ambiente de letrados prestigiados que fazem parte da comitiva real: o De Nugis Curialium, de Walter Map, obra escrita entre 1181 e 1194, e os Otia imperialia, de Gervais de Tilbury, esta última redigida em 1210, depois que Gervais tinha abandonado o séquito de Henrique II, e dedicada ao imperador Othon IV de Brunwick. Apesar das inevitáveis diferenças de estilo e propósitos entre a literatura escrita em latim e a literatura vernácula no período citado, os temas e motivos que se ligam ao mundo feérico apresentam evidentes semelhanças em ambos os gêneros literários, permitindo constatar que eles partem de um núcleo comum.

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