Que aspectos da cultura oriental justificam o fato da mulher ser tão desvalorizada em países como a Índia e a China?
Quais são as consequências desse fenômeno para as mulheres e para a sociedade?
Soluções para a tarefa
Resposta curta:
Na China, há uma cultura patriarcal machista muito forte, além de uma pressão sobre a estética da mulher. Além disso, na China tem atualmente muitos islâmicos que infelizmente colocam a mulher como inferior.
Na índia, eles seguem o hinduísmo e praticamente tudo gira em torno disso. O hinduísmo é extremamente desigual, tanto entre ricos e pobres (casta) quanto em mulheres, homens e outros gêneros. A religião hindu permite o aborto de meninas para que elas nasçam homens na vida seguinte, permitem casamento de meninas crianças com homens de todas as idades. Ou seja, em ambos os países o maior problema é a religião e a sociedade patriarcal que faz toda a cultura deles. As consequências são inúmeras: Menos mulheres no mercado de trabalho, maior violência contra a mulher, menos mulheres na escolas, maior objetificação da mulher etc..
Resposta Detalhada:
Essa realidade oriental que para nós ocidentais cristãos é uma realidade opressora da mulher, visto que a cultura americana majoritariamente cristã tem uma equiparação grande entre mulheres e homens. No entanto, no oriente com culturas e religiões diversas as mulheres tem outro papel. Principalmente no islamismo em que até pouco tempo atrás, as mulheres nem se quer podiam dirigir um carro.
NA CHINA:
O conceito patriarcal sempre esteve enraizado no passado chinês. O nascimento de um homem era garantia de perpetuação da linhagem de uma família. Já a menina passaria a pertencer à família de seu marido depois do casamento e seu compromisso seria servir aos seus sogros. Isso estimulou uma predileção por crianças do sexo masculino, tradição que foi perpetuada por muitos anos e que se fortaleceu com a extinta Política do Filho Único, promulgada na década de 1970. As mulheres eram vistas como seres inferiores e precisavam seguir padrões de beleza muito exigentes. Um dos mais antigos é conhecido como “pés de lótus”: por volta dos 6 anos de idade, os dedos dos pés das meninas eram quebrados e dobrados em direção ao calcanhar em um formato côncavo triangular. Eram firmemente amarrados com tiras de tecido para que as fraturas cicatrizassem naquela posição. Os pés ficavam bem pequenos no formato de um botão de flor de lótus. Acreditava-se que isso era garantia de um bom casamento.
NA ÍNDIA:
Na Índia, é um fardo para as famílias criar uma menina. Muitos abortos são cometidos, pois ter uma filha é um custo alto: a maioria das mulheres não trabalha, e ao crescer, ela é entregue a um novo e o pai dela deve dar presentes à família do noivo, o que inclui desde pedras preciosas até veículos!
Naquele país, apenas 48% das mulheres são alfabetizadas (e entenda alfabetizada na Índia o fato de apenas escrever o próprio nome.
Lá, abortar uma menina não é um pecado, mas uma “providência” (que absurdo!). Tanto que o governo proibiu que os médicos divulguem o sexo do bebê nas ultrassonografias, a fim de evitar o aborto. Muitos aceitam sacrificar sua filha, para que o primeiro filho seja homem e o pai possa “reencarnar” nele.
Devido a isso, hoje há 9 homens para cada mulher. Casar tem sido difícil, o que faz com que exista o comércio cada vez maior de “compra de esposas”. Nas vilas pobres, troca-se mulher por búfalos. Amor no casamento? Lá não é assim… Amor se constrói aos poucos, depois de casado.
Quando a mulher fica viúva, ou o seu cunhado a toma por esposa, ou ela faz voto perpétuo de castidade. Ou seja, casamento de mulheres viúvas, não existe!
Em caso de divórcio, a mulher só tem direito as jóias que ganhou. Nada do marido deve pertencer a ela. E, como é perceptível até na novela, a esposa é proibida de citar o nome do esposo. Apenas deve chamá-lo de “Marido”. Em alguns vilarejos, ela só pode fazer as refeições depois do marido, pois é sinal de submissão a ele.