Filosofia, perguntado por enzolisp, 10 meses atrás

Que argumentos de Bacon, Scotus e Ockham contribuiram para o enfraquecimento do tomismo?

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Respondido por LauraOFRocha
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No final da Idade Média, as formas anteriores de filosofar foram continuadas e formalizadas em distintas escolas de pensamento. Na ordem dominicana, o tomismo, o sistema teológico e filosófico de Tomás de Aquino, foi tornado o ensino oficial, embora os dominicanos nem sempre o cumprissem rigorosamente.  Na ordem franciscana, John Duns Scotus (c. 1266-1308) e Guilherme de Ockham (c. 1285 – c. 1347) desenvolveram novos estilos de teologia e filosofia que competiram com o tomismo durante o final da Idade Média. Em oposição à visão greco-árabe do governo do universo de cima por causas necessárias, Duns Scotus enfatizou a contingência do universo e sua total dependência da infinita vontade criativa de Deus. Ele adotou o voluntarismo franciscano tradicional, elevando a vontade acima do intelecto nos seres humanos. Ockham, assim como Duns Scotus, queria defender a doutrina cristã da liberdade e onipotência de Deus e a contingência de criaturas contra o necessitarismo da filosofia greco-árabe. Mas para ele a liberdade de Deus é incompatível com a existência de idéias divinas como modelos positivos de criação. Deus não usa idéias preconcebidas quando cria, como sustentava Duns Scotus, mas modela o universo como deseja. Como resultado, as criaturas não têm naturezas ou essências em comum. Não há realidades, mas coisas individuais, e estas não têm nada em comum. Eles são mais ou menos parecidos entre si, no entanto, e com base nisso os seres humanos podem formar conceitos universais sobre eles e falar sobre eles em termos gerais.

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