Quatro causas de Aristoteles as causa para ser humano
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São elas as causas: material, formal, eficiente e final. As duas primeiras objetivam explicar a constituição dos seres, das substâncias. As ultimas, surgem com a finalidade de explicar a mudança, a transformação, ou seja, como ocorre a passagem do ato à potência e vice-versa. Pareceu difícil? Siga com a leitura e tudo ficará mais claro. E nisso encontra-se o objetivo deste texto que é explicar separadamente e numa linguagem acessível cada uma dessas causas bem como a sua aplicabilidade em situações práticas.
Causa Material
Para que entendamos o conceito de causa material faz-se necessário, antes, proceder à análise separada dos termos: causa e material que juntos terão muito significado para o pensamento filosófico aristotélico. Em termos aristotélicos, o termo causa designa o fundamento, a condição, constituição de algo. Já material seria a substância, o que dá materialidade para a realidade existente.
Desse modo, poder-se-ia entender a causa material como sendo a substância de que algo seja feito (sua matéria). Em outras palavras, focando na estátua O Pensador, que ilustra este texto, a causa material seria o bronze, substância/matéria usada pelo escultor francês Auguste Rodin para dar materialidade à sua arte.
No limite, poderíamos afirmar que sem a matéria as coisas empíricas (sensíveis) não existiriam. Todavia, a matéria sozinha seria incapaz de produzir a maravilha estética dessa escultura fazendo-se necessário, ainda, a forma. E é aqui que passamos para a segunda causa.
Causa Formal
Adverso ao seu mestre, Aristóteles não coloca a forma em um mundo inteligível, mas antes a traz para a realidade física, empírica. Noutros termos, a forma dos objetos – aquilo que individualiza a matéria – estará presente na própria matéria e não em um mundo das ideias à parte como propunha Platão.
A causa formal, entendida enquanto aquilo que ao dar forma individualiza e determina a matéria poderia ser encontrada na estátua na imagem que atravessa os nossos olhos e ao mandar os estímulos ao nosso cérebro projeta os contornos do Pensador possibilitando aos nossos olhos ver a estátua muito além de um borrão da sua matéria (bronze), mas com forma pré-definida, esculpida. No limite, as causas material e formal explicariam a constituição material e individual visível da realidade.
As causas material e formal elas são de extrema importância para a composição material e individual dos seres, entretanto, essas causas não conseguem explicar as mudanças pelas quais os seres passam ao longo de suas existências. E é justamente por isso que o filósofo cria as duas posteriores causas: Eficiente e Final com o objetivo de melhor descrever as transformações pelas quais os seres passam e dar mais informações além da constituição material e formal dos seres.
Causa Eficiente
A causa eficiente, ou motriz, é a causa responsável pelo surgimento de algo. Em outras palavras, refere-se a quem produziu o objeto em questão. Retornando à escultura que ilustra o texto, a sua causa eficiente seria o artesão francês Auguste Rodin que esculpiu o bronze (matéria) dando-lhe individualidade (forma)que permite representar a figura masculina nua, sentada numa pedra e com o queixo apoiado na mão. À causa eficiente poderíamos associar a autoria da coisa ou ser objeto de análise.
Causa Final
A causa final, como o próprio nome já indica, dá ideia de finalidade, objetivo para o qual algo foi feito. Nesse sentido, a escultura O Pensador de Rodin portando as três causas primeiras: material (bronze), formal (homem forte) e eficiente (o artesão), possui ainda uma quarta causa que possibilita transcender aos dados sensoriais e atingir o nível do intelecto que é a significação, o objetivo que Rodin teve ao esculpir essa escultura com características específicas e não outras tendo como finalidade representar um homem absorto em seus pensamentos