quanto mais modernizada a atividade agrícola, mais amplas são as suas relações, mais longínquo é o seu alcance. por isso pode falar-se em curto-circuito da cidade próxima, já que o esquema tradicional era rompido. que fazer, desse modo, com o velho conceito de rede urbana (cidades maiores tendo as menores como tributárias) no seu esquema piramidal e militar?
Soluções para a tarefa
ganham em importância, tudo isso
trazendo consigo uma grande diversidade de repercussões geográficas. Dentre estas, contamse: o domicílio
não-rural de parte-crescente da mão-de-obra agrícola, a diversidade de fluxos e a intensidade de relações de
todos os níveis, resultado dos altos níveis de especialização, os novos objetos geográficos criados para
atender às novas condições técnicas, a dissolução da metrópole, isto é, a possibilidade aberta às grandes
cidades de mostrarem presença imediata em todo o território.
O desenvolvimento teórico e metodológico nos ensina o que deixa de ter valor teórico e metodológico, e
nos leva a substituir as categorias tradicionais por categorias atuais, isto é, do presente. Um exemplo disto é
exatamente a impossibilidade, hoje, de simplesmente falarmos, como há vinte anos atrás, em dicotomias
como cidade/campo, agrícola/industrial etc. Hoje o agricultor pode também ser o homem urbano - o melhor
exemplo disso é a existência do trabalhador volante - o "bóia-fria" - que é um trabalhador agrícola mas já
não é um habitante da zona rural. Os dois mercados de trabalho tendem a se confundir.