Quantas subdivisões tem o naipe dos sopros?Quais são Elas?
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Para garantir que o som chegue aos ouvidos do público na vibração ideal, a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro organiza-se no palco de acordo com a posição estabelecida no século 18, que considera uma planta básica de combinação de músicos e instrumentos. Tradicionalmente, o conjunto é composto por cordas, sopro e percussão, divididos por naipes — subgrupos de instrumentos iguais ou da mesma família.
Há quatro famílias ou naipes de instrumentos: cordas, madeiras, metais e percussão. Base da orquestra e maioria do total que forma uma orquestra, as cordas são: violino, viola, violoncelo, contrabaixo, harpa e piano. Flauta, oboé, clarinete e fagote compõem as madeiras. Já trompa, trompete, tuba e trombone integram os metais. Na percussão, há uma variedade grande, entre eles, bumbo, marimba, tímpanos e xilofone.
Conforme as características dos sons, a orquestra é posicionada de maneira que os instrumentos de maior impacto sonoro, como os de percussão, fiquem mais ao fundo do palco, seguidos à frente por metais, madeiras e cordas. “Devem ser levadas em conta a acústica do local, a melodia e a propagação do som”, explica o maestro titular, Cláudio Cohen.
O regente fica sempre à frente. “É ele quem faz o equilíbrio, avalia se está forte, fraco, se precisa de mais sopro, por exemplo”, detalha Cohen, que dirige o grupo de 69 profissionais efetivos. Os violinos, que são maioria, devem ficar sempre à frente e podem ter a posição variada dependendo do palco. O spalla (ombro em italiano), líder do naipe de primeiros violinos e braço direito do maestro, entra depois de todos os outros músicos já estarem acomodados.
Dependendo da obra, o solista, que pode tocar qualquer instrumento, costuma posicionar-se à direita do maestro. Caso haja mais de um solista em uma peça, eles podem se dividir nos dois lados do regente. Segundo Cohen, a composição da orquestra também segue o caráter histórico ocidental. “Nos anos 1800, os conjuntos eram formados basicamente pelas cordas; os outros instrumentos, como os sopros, foram integrados posteriormente.”
Aqueles posicionados atrás ficam em locais mais altos, para que o som passe por cima e sofra a menor interferência possível. “Como [o som] é uma onda mecânica, se todos estiverem na mesma linha, há barreiras humanas para que ele chegue ao público”, explica o maestro titular da orquestra.
O lugar ocupado também segue o padrão estético, levando em consideração o porte para pensar na composição do grupo em palco. “Os grandes tapam a visibilidade dos menores”, exemplifica Cohen.
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