“Quando todo o povo estatui algo para todo povo, só considera a si mesmo (...). Então, a matéria sobre a qual se estatui é geral como a vontade que a estatui. A esse ato dou o nome de lei. Quando digo que o objeto das leis é sempre geral, por isso entendo que a Lei considera os súditos como corpo e as ações como abstratas, e jamais um homem como um indivíduo ou uma ação particular. Desse modo, a Lei poderá muito bem estatuir que haverá privilégios, mas ela não poderá concedê-los nominalmente a ninguém. Qualquer função relativa a um objeto individual não pertence, de modo algum, ao poder legislativo.
Baseando-se nessa ideia, vê-se logo que não se deve mais perguntar a quem cabe fazer as leis, pois são atos da vontade geral, nem se o príncipe está acima das leis, visto que é membro do Estado; ou se a lei pode ser injusta, pois ninguém é injusto consigo mesmo, ou como se pode ser livre e estar sujeito às leis, desde que estas não passam de registros de nossas vontades."
ROUSSEAU, J. Jacques, Do contrato social. Livro segundo. Trad. Lourdes S.Machado. 5 ed. São Paulo: Nova Cultural, 1991 p.54-55
Para Rousseau o verdadeiro soberano é a vontade geral, sobre esta, podemos dizer que
A
Possibilita a liberdade civil. Sendo a vontade que visa o bem comum, contém cada indivíduo enquanto cidadão. Portanto, obedecer às leis é obedecer a si mesmo, ainda que não percebamos.
B
É a imposição da vontade da maioria sobre a minoria, dado que em uma democracia é necessário se obedecer às leis votadas pela maioria.
C
Considera que o bem é o prazer e faz leis que consigam obter a maior felicidade geral, ou seja, que limitem as dores e distribuam os bens.
D
Considera a justiça um conceito convencionado, e, assim, busca a instituição de uma justiça divina, onde não haverá privilégios, pois somos todos irmãos em Cristo.
E
É a soma dos desejos individuais, assim, ao compreendermos o que é o bem individual, conquistamos a possibilidade de se satisfazer o bem geral.
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Resposta:
A
Possibilita a liberdade civil. Sendo a vontade que visa o bem comum, contém cada indivíduo enquanto cidadão. Portanto, obedecer às leis é obedecer a si mesmo, ainda que não percebamos.
Explicação:
Para o Rousseau, as leis são reflexos da vontade geral (que seria a representação da Democracia), a qual produz a genuína liberdade.
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