Filosofia, perguntado por brayansaantos, 7 meses atrás

Quando somos obrigados a realizar um trabalho que não escolhemos, quando sofremos, quando sofremos sob um governo autoritário que nos obriga a agir e a pensar de modo diferente do que gostaríamos, quando sucumbimos aos apelos consumistas, sentimos a “diminuição do nosso ser” sim ou não e porquê? Me ajuda pfvr

Soluções para a tarefa

Respondido por ElitaDantas
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Se os corpos estão em relação contínua, podemos observar as variações que eles causam em nosso corpo. Quais corpos nos trazem felicidade? Quais convém conosco? O conhecimento é a compreensão da relação entre os corpos, de que maneira eles convém e não convém, como interagem entre si. Ou seja, há um interesse por trás do desejo de conhecer: o desejo de conservar-se, de encontrar o que é útil. Aquilo que convém será chamado por Espinosa de alegria, é o que há de comum entre os corpos, quando eles estabelecem relações. Aí está, o desejo encontrou o que procurava, e através destas conexões que nasce o conhecimento racional/afetivo. A noção comum é a conveniência entre uma parte e o todo. Isso me convém significa dizer “há algo de comum entre meu corpo, que é uma parte ínfima da substância, e este corpo exterior”. Algo se produz, algo se conecta. Há um aumento da intensidade. O corpo é capaz de selecionar os encontros conforme seu conhecimento aumenta.

O desejo que nasce da alegria é mais forte que o desejo que nasce da tristeza, porque o primeiro aumenta a nossa capacidade de conhecer e agir, enquanto o segundo a diminui. Este desejo faz parte da mente e do corpo, os dois crescem juntos e é compartilhável com outros. Vemos como, pouco a pouco, os conceitos começam a se encadear. O conhecimento é afetivo, ele nasce do desejo de conservar-se, conatus, e possui uma utilidade ética, a busca pela beatitude.

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