História, perguntado por natallyhifram8402, 1 ano atrás

[...] Quando portugueses e outros europeus começaram, no século XV, a descer a costa africana, não predominava neles a impressão de que entravam em contato com povos primitivos e atrasados. Estranhavam os costumes dos negros, mas não os olhavam com desprezo. Lastimavam que desconhecessem a verdadeira fé, mas só se consideravam superiores por serem cristãos. Um visitante holandês do século XVII não escondeu sua admiração por Benin, uma cidade enorme, cortada por uma longa avenida, que lhe parecia mais larga do que a principal rua de Amsterdã. Bem antes dele, os portugueses espantaram-se com o tamanho da [cidade iorubá de] Ijebu-Ode e, mais ainda, com a sua muralha, que em alguns pontos alcançava os sete metros de altura e tinha quase 130 quilômetros de comprimento. Vasco da Gama, ao chegar à costa oriental da África, encontrou portos cheios de navios e de comerciantes de todas as partes do oceano Índico, bem como cidades com casas parecidíssimas com as dos Algarves, em Portugal: com terraços, de pedra e cal, e pintadas inteiramente de branco. Para muitos marinheiros ingleses, já no século XVIII, as habitações de barro socado e cobertura de palha que se encontravam em Serra Leoa não eram piores do que as que conheciam nas áreas rurais de sua terra. Ao chegarem à África, os portugueses logo reconheceram, por exemplo, a excelência do ferro que ali se produzia. Tanto que o adquiriam para revendê-lo na índia. Desde pelo menos 600 a.C., a África conhecia a metalurgia do ferro. Os nativos adotavam uma técnica de pré-aquecimento dos fornos (que só seria desenvolvida na Europa no século XIX), que lhes permitia obter um ferro, e também um aço, de alta qualidade, comparável, e até superior, em alguns casos, ao que saía das usinas europeias. [...]

a) De acordo com o texto, em que sentido os europeus se consideravam superiores aos africanos?
b) Quais aspectos urbanísticos mais chamaram a atenção dos europeus que visitaram a África entre os séculos XV e XVIII?
c) Que trecho do texto aponta que os portugueses reconheciam a qualidade da metalurgia africana?

Soluções para a tarefa

Respondido por negrusmagister
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a) Segundo o autor, os portugueses lastimavam que os africanos não conhecem a verdadeira fé cristã, no que se sentiam superiores.

b) Holandeses e portugueses admiraram-se das ruas em Benim, mais largas do que as europeias, com o tamanho da cidade Ijebu-Ode, bem como com uma muralha que alcançava 7 metros de altura e 130 quilômetros de comprimento.

Vasco da Gama encontrou, no litoral africano, cidades com casa parecidas às boas casas portuguesas, com terraços de pedra e cal e pintadas inteiramente de branco.

Navegadores ingleses encontraram habitações de barro socado e cobertura de palha em Serra Leoa, que lembravam as construções rurais europeias.

c) Ao final do texto, o autor diz que, desde pelo menos 600 a.C., a África já conhecia a metalurgia do ferro, que os nativos dominavam a técnica de pré-aquecimento dos fornos, só desenvolvida na Europa do século XIX, e que eles poderiam obter ferro e aço de qualidade comparável ao das usinas europeias.
Respondido por jordecipr
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Resposta:

Alternativa 3:

A afirmativa demonstra a impressão dos europeus de que na África não existiam povos primitivos e atrasados.

Explicação: Esta parece ser a mais coerente com a afirmação

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