Quando os judeus imigraram para o Brasil e em quais regiões se fixaram?
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Uma nova onda de imigrantes judeus, sefarditas, começou a chegar ao Brasil em 1810, vindos principalmente do Marrocos, estabelecendo-se na Amazônia, principalmente em Belém, onde fundaram em 1824 a mais antiga sinagoga em funcionamento no Brasil e, em 1848, o primeiro cemitério israelita do país; e em Manaus, onde chegaram em 1880. Boa parte dos que chegaram no final do século vinham em função da época dourada da borracha, e sua vinda foi financiada pelos que já estavam na região. Cametá, no interior do Pará, chegou a ter metade de sua população branca constituída de sefarditas.
As famílias mais ricas mudaram-se para o Rio de Janeiro com o declínio da borracha. Ainda assim, a grande assimilação que tiveram na região, envolvendo também sincretismo religioso, fez com que a proporção de descendentes de judeus entre a população branca da Região Norte (amplamente de sefarditas) seja a maior do país.
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Imigração judaica no século XIX: A vinda da Família Real ao Brasil, em 1808, em decorrência da iminente invasão do exército de Napoleão Bonaparte, marca o início de um período frutífero para a vida judaica. A Abertura dos Portos e o Tratado de Amizade e Paz entre Portugal e a Inglaterra, de 1810, que permitia o estabelecimento de não-católicos no Brasil, propiciaram o ambiente favorável para a vinda dos primeiros imigrantes judeus com destino ao Rio de Janeiro. Teve início no século XIX a imigração de judeus marroquinos que se acentua como processo imigratório a partir de meados do mesmo século com o desenvolvimento da indústria extrativa na região da Amazônia. As revoltas em diferentes países europeus, por volta de 1848, com restrições às liberdades pessoais, impulsionaram muitos judeus em direção aos países do Novo Mundo, em busca de refúgio e oportunidades.