Quando os finórios [escravizados] terminam sua duríssima semana de trabalho, recebem permissão para do mesmo modo aproveitar a seu gosto os domingos, quando, reunindo-se em locais determinados, incansavelmente dançam de manhã à noite com os mais variados saltos e contorções do corpo, ao som de tambores e pífanos tocados com muita propriedade, homens e mulheres, jovens e velhos, no meio da maior confusão, enquanto outros andam em voltas tomando uma forte bebida feita de açúcar chamada de grape [grapa, garapa]; assim também gastam certos dias santos, nessa dança sem fim em que acabam tão empoeirados e emporcalhados a ponto de se tornarem às vezes irreconhecíveis.
WAGENER, Zacharias. Apud TINHORÃO, José Ramos. As festas no Brasil colonial. São Paulo: Editora 34, 2000. p. 57.
O relato apresentado foi escrito por Zacharias Wagener, cronista europeu que visitou o Brasil Colonial no século XVII. Com base na leitura, é possível afirmar que
A
os traumas relacionados à diáspora africana impediram a reelaboração de identidades no território colonial.
B
durante o Brasil Colonial, foi impossível aos escravizados manifestarem quaisquer tipos de religiosidades além da fé católica.
C
os tambores e os pífanos foram adquiridos pelos escravizados por meio do contrabando de açúcar com embarcações piratas.
D
as culturas negras no Brasil Colonial rejeitaram todas as formas de contato com a religião do colonizador europeu.
E
os rituais religiosos afro-brasileiros eram uma forma de afirmação da identidade negra e de humanização frente ao cotidiano do escravismo.
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Resposta:
e
Explicação:
os rituais religiosos afro-brasileiros eram uma forma de afirmação da identidade negra e de humanização frente ao cotidiano do escravismo.
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