Quando observamos o Estado Brasileiro em mais de um século, percebe-se sua fragilidade o qual foi se constituindo, pautado em uma organização oligárquica e patrimonialista, além da particularidade escravocrata e latifundiária que compôs a economia nacional. O que levou há algumas consequências como:
I. Produziu historicamente profundas desigualdades sociais e econômicas.
II. Um dos frutos das desigualdades geradas ao longo do tempo, foi o direito aos cidadãos de uma educação de qualidade.
III. Percebe-se que historicamente o Estado Brasileiro foi marcado por extrema organização oligárquica e patrimonialista, o que o levou a diminuir a desigualdade social.
IV. Pode-se reconhecer o Estado Brasileiro como “Estado do capitalismo organizado”.
Assinale a alternativa correta.
Soluções para a tarefa
I é verdadeira, havendo até hoje profundas diferenças, por exemplo, entre os herdeiros dos antigos escravocratas e latifundiários e os descendentes dos escravizados.
II é falsa. A profunda desigualdade fundou a necessidade de uma educação pública de qualidade, mas o direito é fruto das lutas sociais, não da desigualdade.
III é falsa, esta organização aumentou, e não diminuiu, as desigualdades sociais.
IV é verdadeira, embora o Estado brasileiro esteja longe de ser uma manifestação plena e ideal do capitalismo.
Resposta:
Estão corretas apenas as afirmativas I, II e IV
Explicação:
Em mais de um século de República, podemos identificar a fragilidade com que o Estado Brasileiro foi se constituindo, pautado em uma organização oligárquica e patrimonialista de concessão de benefícios à burguesia em ascensão, além da particularidade escravocrata e latifundiária que compôs a economia nacional. Assim sendo, fica difícil não reconhecer o Estado Brasileiro como “Estado do capitalismo organizado” (HILFERDING apud BOBBIO, 1986, p. 125), o qual produziu historicamente desigualdades profundas de ordem econômica e social, entre elas o solapamento indiscriminado do direito à educação de qualidade aos cidadãos.