Quando o cérebro está em estado excitado, os neurônios enviam milhares de "sinais" para outros neurônios ou para as células musculares, por exemplo. O potencial de ação é a base para o envio desses "sinais". Será que há uma frequência máxima na qual um único neurônio possa enviar potenciais de ação para outras células? Responder a essa pergunta é o seu desafio!
Soluções para a tarefa
Nosso corpo funciona graças a comunicação entre as células. Entre as diversas células estão os neurônios. E para entender bem o papel do neurônio motor, precisamos entender primeiro como é feita essa comunicação. Para isso, vou reportar brevemente o que Purves comenta nos capítulos (2 e 3) de sua obra – “Electrical Signals of Nerve Cells” e “Voltage-dependent Membrane Permeability“.
Vale a pena comprar o livro e ter por perto, com as explicações completas. A ideia aqui foi montar um resumo em uma linguagem um pouco mais coloquial (e em português) para quem está bloqueado com o conteúdo abrir a cabeça antes de começar.
Vamos lá:
Cap 2
Enquanto nós nos comunicamos com o uso da linguem, os neurônios passam informações (ou não) por meio de sinais elétricos. Isso pode parecer confuso quando sabemos que o neurônio não é um bom condutor elétrico (quando não sabíamos, acreditávamos na tia Sônia do Ensino médio que nos dizia que era como um cabo onde os sinais iam e viam de forma simples). E isso é o que torna esse sistema neuronal muito complexo. Assim, foi preciso que o sistema nervoso desenvolvesse diversos mecanismos para gerar esses sinais.
Se checarmos a voltagem dentro da célula nervosa e compararmos com a voltagem fora dela, veremos que este potencial é negativo (comparando com o lado de fora). Ou seja, em repouso (sem estímulo ou bem quietinha) essa célula possui um potencial negativo, onde o valor deste potencial varia de acordo com o tipo do neurônio examinado (aproximadamente entre -40 a -90 mV). Esse é o primeiro fenômeno da célula nervosa: a geração de uma voltagem (negativa) constante ao redor de si durante o repouso (conhecida como potencial de repouso de membrana).
Esse potencial negativo foi citado pelo autor por meio do estudo de Hodgkin e Katz como resultado da maior permeabilidade de K+ na membrana em repouso do que aos demais íons. *
Resposta:
Sim.
Explicação:
Sim, existe uma frequência máxima na qual um único neurônio consegue enviar seus potenciais de ação. Essa frequência é determinada pelos períodos refratários (absoluto e relativo) e envolve os canais de sódio que podem estar inativos após o período de hiperpolarização e serão ativados durante o potencial de ação, onde há variação de voltagem ou desativados durante o período de repouso.
Esse impulso nervoso (potencial de ação) é uma alteração brusca da diferença de potencial transmembrana, a membrana do neurônio é polarizada em repouso, sendo que o potencial é negativo , -70mV (a literatura indica variação desse potencial negativo de -40mV até - 90mV). O potencial de ação consiste de uma redução rápida da negatividade da membrana até 0mV e a inversão desse potencial até valores de cerca de +30mV faz o pico de trocas iônicas entre a membrana celular, conhecida como gradiente de concentração, logo após esse evento ocorre o retorno aos valores negativos para dar início ao potencial de repouso.