Quando e como terminou a disputa da guerra dos paulistas e portugueses
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Guerra dos Emboabas foi um conflito ocorrido na região das Minas Gerais, no Brasil, de 1707 a 1709. Emboaba era o nome dado aos portugueses ou reinóis e aos baianos que chegavam às Minas Gerais para catar ouro. Ver sobre eles os verbetes dedicados à Guerra dos Emboabas e a Caeté.
Em novembro de 1708 Cachoeira do Campo, distrito de Ouro Preto, foi palco de um sangrento conflito envolvendo os direitos de exploração das Minas Gerais.
Os paulistas, na qualidade de descobridores das minas, reivindicavam para si o direito exclusivo de exploração do ouro. Os que discordavam deste intento, em sua maioria portugueses e baianos, ficaram conhecidos como Emboabas (do tupi, aves pernaltas, referência ao hábito de os forasteiros usarem botas). Estes últimos eram liderados por Manuel Nunes Viana.
O conflito
Pintura representando a Guerra dos Emboabas.Datam de 1706 as primeiras dissensões no arraial da Ponta do Morro, depois do Rio das Mortes, pela «morte injusta e tirânica que fez um paulista de um humilde forasteiro que vivia de uma pobre agência». Outro cronista diz por haverem alguns índios carijós embriagados matado um português. Diogo de Vasconcelos, por sua vez, descreve: Viajando por ali uns carijós para São Paulo, entraram a beber na venda de um novato reinol; rivalidade era tema assentado de todas as conversas; os carijós começam a falar de reinóis, defendidos pelo novato, pouco experiente, eentre a bebiba, houve altercação, e no ardor da discussão, foi morto o português pelos carijós.». Fugiram estes, e houve dois dias de batida para os descobrir - voltaram os do arraial, os moradores tinham-se reunido e determinado enviar ao Rio uma comissão de procuradores pedir a D. Fernando Martins Mascarenhas Lencastre compadecer-se da situação e lhes mandar autoridade para reprimir malfeitores e bandidos.
Em 1707, no Arraial Novo, dois chefes importantes dos paulistas foram linchados pelo emboabas. Com medo de uma vingança, fugiram para a mata, ficando apenas um pequeno grupo na resistência. Os paulistas, apesar de terem motivos para agir, limitaram-se a enterrar seus chefes, e não enfrentaram os emboabas. Isso encorajou os emboabas que haviam fugido para a mata a voltar e a não mais se aterrorizarem com os paulistas.
Não se deve pensar, segundo os historiadores, que estava em jogo apenas o ouro: «Intervieram também criadores de gado e não apenas mineradores emigrados de São Vicente. Os criadores reagiram ao sistema de contratos com o objetivo de assegurar, com exclusividade, o fornecimento a açougues de animais para o abate e de arbitrar a venda da carne ao consumidor.»
Em 1708, um choque inevitável aconteceu, e os dois lados voltaram a guerrear. Manuel de Borba Gato interveio, banindo Nunes Viana do distrito do Rio das Velhas, porém, sem sucesso. Várias tentativas de acordo foram feitas, todas infrutíferas. Os emboabas tomaram a iniciativa de desarmar todos os paulistas que encontravam, com o pensamento que estes preparavam um grande ataque contra eles. Houve pouca resistência, e ao fim de 1708 os emboabas já tinham o controle de duas das três áreas de mineração mais importantes. Os paulistas refugiaram-se no distrito de Rio das Mortes.
Os emboabas reuniram-se e proclamaram Nunes Viana governador da região mineradora. Depois de garantirem sua supremacia na região, os emboabas encarregaram Bento de Amaral de Coutinho da expulsão dos paulistas restantes. Os paulistas não opuseram resistência, e recuaram mais uma vez, desta vez para Parati e São Paulo.
Capão de Traição
Durante a expulsão dos paulistas ocorreu o episódio chamado de Capão de Traição. Durante uma batalha em que os paulistas estavam em desvantagem, depois de ferir alguns emboabas, Bento de Amaral fez a proposta de quartel se os paulistas largassem as armas poupariam suas vidas. Depois de largarem as armas, os paulistas foram impiedosamente massacrados.
Derrota dos paulistas
O confronto terminou por volta de 1709, graças à intervenção do governador do Rio de Janeiro, Antônio de Albuquerque Coelho de Carvalho. Sem os privilégios desejados e sem forças para guerrear, os paulistas retiraram-se da região. Muitos deles foram para o oeste, onde mais tarde descobriram novas jazidas de ouro, nos atuais estados do Mato Grosso e Goiás.
Em novembro de 1708 Cachoeira do Campo, distrito de Ouro Preto, foi palco de um sangrento conflito envolvendo os direitos de exploração das Minas Gerais.
Os paulistas, na qualidade de descobridores das minas, reivindicavam para si o direito exclusivo de exploração do ouro. Os que discordavam deste intento, em sua maioria portugueses e baianos, ficaram conhecidos como Emboabas (do tupi, aves pernaltas, referência ao hábito de os forasteiros usarem botas). Estes últimos eram liderados por Manuel Nunes Viana.
O conflito
Pintura representando a Guerra dos Emboabas.Datam de 1706 as primeiras dissensões no arraial da Ponta do Morro, depois do Rio das Mortes, pela «morte injusta e tirânica que fez um paulista de um humilde forasteiro que vivia de uma pobre agência». Outro cronista diz por haverem alguns índios carijós embriagados matado um português. Diogo de Vasconcelos, por sua vez, descreve: Viajando por ali uns carijós para São Paulo, entraram a beber na venda de um novato reinol; rivalidade era tema assentado de todas as conversas; os carijós começam a falar de reinóis, defendidos pelo novato, pouco experiente, eentre a bebiba, houve altercação, e no ardor da discussão, foi morto o português pelos carijós.». Fugiram estes, e houve dois dias de batida para os descobrir - voltaram os do arraial, os moradores tinham-se reunido e determinado enviar ao Rio uma comissão de procuradores pedir a D. Fernando Martins Mascarenhas Lencastre compadecer-se da situação e lhes mandar autoridade para reprimir malfeitores e bandidos.
Em 1707, no Arraial Novo, dois chefes importantes dos paulistas foram linchados pelo emboabas. Com medo de uma vingança, fugiram para a mata, ficando apenas um pequeno grupo na resistência. Os paulistas, apesar de terem motivos para agir, limitaram-se a enterrar seus chefes, e não enfrentaram os emboabas. Isso encorajou os emboabas que haviam fugido para a mata a voltar e a não mais se aterrorizarem com os paulistas.
Não se deve pensar, segundo os historiadores, que estava em jogo apenas o ouro: «Intervieram também criadores de gado e não apenas mineradores emigrados de São Vicente. Os criadores reagiram ao sistema de contratos com o objetivo de assegurar, com exclusividade, o fornecimento a açougues de animais para o abate e de arbitrar a venda da carne ao consumidor.»
Em 1708, um choque inevitável aconteceu, e os dois lados voltaram a guerrear. Manuel de Borba Gato interveio, banindo Nunes Viana do distrito do Rio das Velhas, porém, sem sucesso. Várias tentativas de acordo foram feitas, todas infrutíferas. Os emboabas tomaram a iniciativa de desarmar todos os paulistas que encontravam, com o pensamento que estes preparavam um grande ataque contra eles. Houve pouca resistência, e ao fim de 1708 os emboabas já tinham o controle de duas das três áreas de mineração mais importantes. Os paulistas refugiaram-se no distrito de Rio das Mortes.
Os emboabas reuniram-se e proclamaram Nunes Viana governador da região mineradora. Depois de garantirem sua supremacia na região, os emboabas encarregaram Bento de Amaral de Coutinho da expulsão dos paulistas restantes. Os paulistas não opuseram resistência, e recuaram mais uma vez, desta vez para Parati e São Paulo.
Capão de Traição
Durante a expulsão dos paulistas ocorreu o episódio chamado de Capão de Traição. Durante uma batalha em que os paulistas estavam em desvantagem, depois de ferir alguns emboabas, Bento de Amaral fez a proposta de quartel se os paulistas largassem as armas poupariam suas vidas. Depois de largarem as armas, os paulistas foram impiedosamente massacrados.
Derrota dos paulistas
O confronto terminou por volta de 1709, graças à intervenção do governador do Rio de Janeiro, Antônio de Albuquerque Coelho de Carvalho. Sem os privilégios desejados e sem forças para guerrear, os paulistas retiraram-se da região. Muitos deles foram para o oeste, onde mais tarde descobriram novas jazidas de ouro, nos atuais estados do Mato Grosso e Goiás.
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