Qual relaçao existe entre as Cruzadas, o Imperio islamico e o fim do imperio bizantino?
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Que o Islã precise passar por uma reforma interna, não é apenas uma questão abstrata de teologia, mas um fato que se relaciona diretamente aos meios com que o Ocidente deve combater o terrorismo islâmico e ao modo como somos vistos pelo mundo muçulmano.
Por exemplo, o ISIS, a maior ameaça terrorista no mundo hoje, ao assumir a responsabilidade pelo atentado do ano passado em Paris, condenou os Estados Unidos e os seus aliados como "nações cruzadas". O mesmo fez Osama bin Laden, ao protestar contra "os cruzados e as Nações Unidas", depois de assumir a autoria pelos atentados de 11 de setembro.
A alusão abusivamente indiscriminada às Cruzadas tem a intenção clara de convencer os muçulmanos de que são eles que estão sendo atacados, não nós quem estamos tentando nos defender da jihad. Mais do que isso, a referência é criada para evocar sentimentos de culpa e derrotismo entre os liberais do Ocidente, que têm vergonha da civilização ocidental e são indiferentes, para dizer o mínimo, à sua sobrevivência. Não surpreende, portanto, que Barack Obama, discursando ano passado sobre o tema do terrorismo, tenha tentado minimizar o elemento islâmico das barbaridades do ISIS: "Antes que nos consideremos superiores e pensemos que isso se restringe a este ou aquele lugar, lembrem-se que, durante as Cruzadas e a Inquisição, pessoas cometeram atos terríveis em nome de Cristo."
Vamos revisitar direito a história. As Cruzadas foram uma série de guerras iniciada pelos europeus ocidentais em resposta às devastadoras derrotas infligidas pelos turcos seljúcidas ao Império cristão Bizantino. A Primeira Cruzada aconteceu em 1096 e foi a mais bem sucedida de todas, tomando o domínio de Jerusalém.
Mas os ganhos foram apenas temporários, requerendo o dispêndio de repetidos esforços para manter os pequenos Estados feudais construídos na Terra Santa. Acre, a última fortaleza dos cruzados, hoje localizada em Israel, veio abaixo no ano de 1291.
As Cruzadas, portanto, ocuparam um curto período de pouco mais de dois séculos e meio na história. Elas foram limitadas em escopo e constituíram essencialmente um contra-ataque, visando retomar as terras que tinham sido invadidas pelos muçulmanos.