Biologia, perguntado por grazialves17, 6 meses atrás

Qual relação existe entre a bioclimatologia e a produção animal? ajudaaaa pffff ​

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Respondido por marinapaula11m
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Resposta:

A literatura cita, que os efeitos do clima tropical na susceptibilidade

dos animais para doenças são freqüentemente mencionados, porém existem  poucos fatos efetivos que mantém este conceito, cientificamente. Todavia, existem  algumas doenças que são associadas ecologicamente, por exemplo, doenças  transmitidas por artrópodes. Porém este tipo de moléstia não indica uma  sensibilidade alterada por causa do próprio clima.  Não é fácil responder a questão da ação do clima tropical na saúde do  animal. A terminologia clima tropical não é uma unidade que poderá ser isolada e  estudada. Regiões diferentes não são uniformes, e por isso não tem sentido falar  de clima tropical típico. O clima varia com fatores não alteráveis e por variáveis. A  interação desses fatores resulta em microclimas específicos em localidade  específicas. Todavia climas tropicais exibem algumas características comuns.  A flexibilidade da terminologia do clima tropical, a variabilidade dos  agentes não permite uma análise exata de fator por fator dos efeitos do clima na  saúde. Os estudos, reportam que as várias combinações e seqüências dos  elementos de um clima como umidade, aridez alternada e temperatura podem ter  um efeito na saúde dos animais.

Em regiões onde existem flutuações estacionais as doenças e parasitos alteram-se em sua prevalência. As vezes uma doença pode  estar presente em cada animal susceptível num período do ano e ausente em outro

período do ano. Em alguns casos, onde a temperatura e umidade relativa persistem  altas, uma doença ou parasito podem ser tão prevalentes, que não é possível  manter os animais nesta região. Nesta situação dois fatores podem ser envolvidos:  os vetores apropriados tem condições ótimas de multiplicação e o ambiente tem  efeito adverso no próprio animal.

Praticamente todos os parasitos desenvolvem uma fase de seu ciclo

biológico fora do hospedeiro, antes de se tornarem infecciosos para outro

hospedeiro. Durante esse período, a capacidade de seu desenvolvimento aumenta  com a elevação da temperatura ambiente. Nas regiões tropicais com mais chuva,  os parasitos fora do hospedeiro, encontram condições ideais quase o ano inteiro.  Nestas circunstâncias, o número de parasitos que sobrevivem no meio ambiente é  alto, eles se desenvolvem rápido e populações grandes são estabelecidas.  Também em áreas com período seco longo e período de chuva curto, as fases de  vida do parasito, fora do hospedeiro, podem explorara os períodos chuvosos.

Durante os períodos secos, os parasitos adultos são protegidos no hospedeiro.  Outro fator responsável por infecções parasitárias é a prevalência de  má nutrição nos trópicos. Animais que tem alimentação adequada podem  compensar melhor os efeitos prejudiciais dos parasitos como anemia e  hipoalbunemia. Animais, que não recebem alimentação adequada, exibem  produtividade reduzida e a maioria das vezes morrem depois de infestados com  poucos parasitos.

Os sistemas da agricultura rudimentar tradicional, geralmente

praticados nos países dos trópicos, contribuem também ao parasitismo. Contudo,  os fatores responsáveis por esse tipo de moléstia devido ao próprio clima tropical.  Muitos destes problemas podem ser solucionados com manejo adequado.  Porém interessante é tentar avaliar os efeitos do clima na  susceptibilidade dos animais às doenças.

É sabido, que os ruminantes nativos de regiões tropicais apresentam

mais resistência a alguns tipos de parasitos do sangue. Porém isto pode ser  considerado um fenômeno evolucionário, deixando de existir uma interação entre  parasito e hospedeiro, transformando-se em simbiose.  O sistema imunológico do animal, e o fator limitante, que interfere na

capacidade específica de um animal se defender contra doenças. Esse mecanismo  defensivo dos animais, limita a invasão dos microrganismos patogênicos e assiste  na eliminação dos mesmos.  Imunidade humoral é o componente do sistema imunológico  responsável pela produção de anticorpos ou imunológicos.

Os anticorpos são  proteínas que neutralizam e assistem na eliminação e destruição de bactérias, vírus  e outros agentes causadores de doenças. São conhecidos vários tipos de  imunoglobulinas em ruminantes, especialmente IgM, IgG, IgA e possivelmente IgE.  Ruminantes recém-nascidos recebem grande quantidade de  anticorpos através do colostro durante as primeiras 24 a 48 horas. O recém-nascido  não está produzindo anticorpos. O animal também pode produzir anticorpos depois  de um contato inicial com um antígeno. No primeiro caso, se usa a terminologia  “imunidade passiva” e no segundo “imunidade ativa ou adquirida”.  O colostro é essencial para a sobrevivência e bom desenvolvimento  do recém-nascido num ambiente cheio de agentes patogênicos. Recém-nascidos  que não recebem colostro tem agamaglobulinemia, os que não recebem  quantidade adequada de colostro tem hipogamaglobulinemia.

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