Ed. Física, perguntado por julietlemos, 10 meses atrás

Qual/quais os treinamento mais eficazes para os músculos inspiratorios na insuficiência cardíaca?

Soluções para a tarefa

Respondido por Bonoro
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tenho perfil de atetla igual o mito

Respondido por maiaradasilva345
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Resposta:

Complicações respiratórias estão entre as causas mais comuns de morbidade e mortalidade após cirurgia cardíaca1-3. Disfunções respiratórias nos pós-operatório cardíaco são geralmente multifatoriais e alterações devido a cardiopatias4, à cirurgia em si5-7 e à limitações da reserva funcional pulmonar devido ao envelhecimento8,9 têm um papel preponderante. Vários estudos sugerem que, embora multifatorial, a morbidade e a mortalidade das causas pulmonares no pós-operatório poderiam ser reduzidas pelo treinamento da musculatura respiratória alterada por cardiopatias e envelhecimento10. Entretanto, esta é uma questão controversa e há poucos relatos sobre o papel do treinamento muscular respiratório na profilaxia das complicações respiratórias que surgem no pós-operatório cardíaco11-13.

O objetivo desse estudo foi avaliar se o programa de treinamento pré-operatório para os músculos inspiratórios, conduzido em domicílio e planejado para melhorar as funções respiratórias, contribuiu para reduzir a morbidade e/ou mortalidade em pacientes adultos submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio e/ou valvuloplastia.

Explicação:

O estudo incluiu 30 pacientes voluntários de ambos os sexos, sem discriminação de etnia, com menos de 50 anos de idade, que foram submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica ou valvuloplastia. Todos os pacientes assinaram o termo de consentimento livre e informado e o estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo (HCFMRP-USP).

Os pacientes foram aleatoriamente divididos em dois grupos, Grupo Controle (GC) e Grupo de Incentivo Respiratório (IR). Ambos os grupos receberam informações gerais, mas apenas os indivíduos do grupo IR foram submetidos ao incentivo respiratório.

Os critérios de exclusão foram: pacientes com angina instável no momento da seleção ou durante o programa, insuficiência cardíaca congestiva descompensada, falta de capacidade física ou intelectual de executar os exercícios prescritos, arritmia ventricular complexa e não-controlada, pressão arterial não-controlada (>140/90 mmHg), infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral (AVC) há menos de 3 anos, bloqueio átrio-ventricular de alto grau ou broncoespasmo induzido por exercício. Os pacientes submetidos à procedimentos cirúrgicos antes de completar um mínimo de 2 semanas de treinamento muscular respiratório também foram excluídos.

O programa foi descontinuado para pacientes que reclamaram de dispnéia, antes ou depois do exercício; desconforto abdominal ou pré-cordial ou dor, ou qualquer outro sintoma auto-caracterizado como "anginoso"; tontura, escurecimento da visão ou qualquer outro tipo de desconforto físico ou mental; vômitos ou náusea; taquicardia ou bradicardia; cansaço que evitasse a continuação do exercício; cianose ou palidez da pele ou mucosa; vertigem, tontura ou perda de consciência.

Procedimentos fisioterapêuticos

Os pacientes em ambos os grupos foram submetidos aos seguintes procedimentos: a) Manovacuometria; b) Espirometria; c) Coleta de sangue arterial para gasometria.

Manovacuometria

Para avaliações através desse método, as pressões de pico inspiratória e expiratória, pressão inspiratória máxima (PIMax) e pressão expiratória máxima (PEMax), respectivamente, foram determinadas pelo volume residual (VR) e capacidade pulmonar total (CPT)14, medidas com um manovacuômetro, modelo MV-150/300 (Ger-Ar Comércio Equipamentos Ltda. São Paulo, Brasil). Três medidas consecutivas, tecnicamente aceitáveis, foram feitas com intervalos mínimos de 1 minuto. As mensurações que produziram valores com diferenças acima de 10% foram descartadas e novas medidas foram repetidas a fim de obter três medidas adequadas14. A primeira verificação do PIMax e PEMax (D0) foi conduzido no início do programa, o segundo logo após a internação para a cirurgia programada (DInt) e os outros 12, 24, 48 e 72 horas (12h PC, 24 PC, 48 PC e 72 PC, respectivamente) após a extubação pós-operatória. Durante todas as medidas pós-operatórias, os pacientes permaneciam sentados na cama e usando um clipe nasal.

Testes de função pulmonar

Ambos os grupos de pacientes foram submetidos a testes de espirometria no início do programa (D0) e à internação, imediatamente antes da cirurgia (DInt). Todas as medidas espirométricas foram realizadas no Laboratório de Função Pulmonar no Hospital Universitário da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo (HCFMRP-USP), pelo mesmo profissional, à temperatura ambiente constante (22ºC) usando um espirômetro de 9,0 litros, modelo GS Plus (Collins, EUA).

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