qual política econômica vai digitar essas organizações produtivas na América Latina
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Resposta:
Uma estratégia de desenvolvimento é uma “visão” de para onde se quer levar a
economia. Mais ao ponto pode ser descrita como um conjunto de metas, instrumentos e responsabilidades explicitadas em um programa plurianual de políticas públicas, que seja percebido pela sociedade como factível, legítimo e objeto
do comprometimento governamental. Se bem concebida e implementada, ela
pode reduzir o risco e alongar os prazos do investimento, elevando sua eficiência,
principalmente se for percebida como válida para além do ciclo eleitoral.
Para o setor público, em especial, uma estratégia de desenvolvimento é fundamental para orientar e dar consistência intertemporal às suas políticas, atividades
e investimentos, melhorando a qualidade da gestão e a eficiência do seu gasto.
O Brasil poderia se beneficiar da adoção de uma estratégia de desenvolvimento que desse organicidade e consistência às políticas públicas, ao mesmo tempo
que alongasse seus horizontes, incluindo-se aí a definição de um plano de médio
prazo para as contas públicas. A maioria das pessoas possivelmente concorda com
essa afirmação. O diabo, como diz o ditado, mora nos detalhes: há na praça quase
tantas propostas diferentes de estratégias quanto pessoas que concordam com a
sua utilidade. Para separar o que faz do que não faz sentido é necessário, como
critério mínimo, testar sua consistência com as identidades e teoria econômicas,
assim como a sua aderência aos números. Também se deve avaliar sua coerência
com o processo histórico de desenvolvimento do país – a forma como os avanços
aconteceram e foram gerando os gargalos que hoje restringem um progresso mais
célere. Discutindo esse tema, Irma Adelman lembra que o que é bom em uma
fase do processo de desenvolvimento pode ser ruim na fase seguinte, que há irreversibilidades que tornam o processo dependente das escolhas feitas no passado e
que, portanto, a melhor estratégia para um país em um dado momento deve ser
* Armando Castelar é analista da Gávea Investimentos, professor do Instituto de Economia da UFRJ, pesquisador
licenciado do Ipea, e Ph.D. em Economia pela Universidade da Califórnia, Berkeley
Explicação: