Português, perguntado por VitorSamuel007, 8 meses atrás

Qual o tema principal do poema Lágrimas de Sangue de Alvares de Azevedo.

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Respondido por jovanaCastroo
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Resposta:

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VitorSamuel007: Flores cheias de aroma e de alegria,

Por que na primavera abrir cheirosas

E orvalhar-vos abrindo?

As torrentes da morte vêm sombrias,

Hão de amanhã nas águas tenebrosas

Vos rebentar bramindo.

Morrer! morrer! É voz das sepulturas!

Como a lua nas salas festivais

A morte em nós se estampa!

E os pobres sonhadores de venturas

Roxeiam amanhã nos funerais

E vão rolar na campa!
VitorSamuel007: Que vale a glória, a saudação que enleva

Dos hinos triunfais na ardente nota,

E as turbas devaneia?

Tudo isso é vão, e cala-se na treva

— Tudo é vão, como em lábios de ( palavrão i d i o t a)
Cantiga sem idéia.
VitorSamuel007: Que importa? quando a morte se descarna,

A esperança do céu flutua e brilha

Do túmulo no leito:

O sepulcro é o ventre onde se encama

Um verbo divinal que Deus perfilha

E abisma no seu peito!
VitorSamuel007: Não chorem! que essa lágrima profunda

Ao cadáver sem luz não dá conforto...

Não o acorda um momento!

Quando a treva medonha o peito inunda,

Derrama-se nas pálpebras do morto

Luar de esquecimento!
VitorSamuel007: Caminha no deserto a caravana,

Numa noite sem lua arqueja e chora...

O termo... é um sigilo!

O meu peito cansou da vida insana;

Da cruz à sombra, junto aos meus, agora

Eu dormirei tranqüilo!

Dorme ali muito amor... muitas amantes,

Donzelas puras que eu sonhei chorando

E vi adormecer.
VitorSamuel007: Ouço da terra cânticos errantes,

E as almas saudosas suspirando,

Que falam em morrer...

Aqui dormem sagradas esperanças,

Almas sublimes que o amor erguia...

E gelaram tão cedo!

Meu pobre sonhador! aí descansas,

Coração que a existência consumia

E roeu um segredo! ...
VitorSamuel007: Quando o trovão romper as sepulturas,

Os crânios confundidos acordando

No lodo tremerão.

No lodo pelas tênebras impuras

Os ossos estalados tiritando

Dos vales surgirão!
VitorSamuel007: Como rugindo a chama encarcerada

Dos negros flancos do vulcão rebenta

Goltejando nos céus,

Entre nuvem ardente e trovejada

Minh'alma se erguerá, fria, sangrenta,

Ao trono de meu Deus...
VitorSamuel007: Perdoa, meu Senhor! O errante crente

Nos desesperos em que a mente abrasas

Não o arrojes p'lo crime!

Se eu fui um anjo que descreu demente

E no oceano do mal rompeu as asas,

Perdão! arrependi-me!
VitorSamuel007: me ajuda por favor não consegui entender este poema.
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