Qual o procedimento para manter o PH da água da piscina em um nível bom
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Uma água com pH inferior a 7,0 é denominada água ácida.
E com pH superior a 7,0 é denominada água básica (também denominada de muitas vezes de alcalina, o que, na linguagem química, é equivocado).
O pH é uma medida físico-química logarítmica de base 10.
Portanto, pH 6,0 é 10 vezes menor que pH 7,0. E pH 5,0 é 100 vezes menor que pH 7,0. Já a alcalinidade tem variação linear.
O pH está condicionado a presença de íons de hidrogênio na água da piscina.
Já a alcalinidade está condicionada para a presença de íons de carbonato (CO3), íons de bicarbonato (HCO3), íons de hidróxido (OH) e outros íons de baixa influência na alcalinidade.
Diferentemente das medições de cloro, seja total ou livre, as medições de pH e de alcalinidade são de boa precisão quando medidas por meio de fitas de teste ou reagentes.
Para a medição do pH ainda, pode-se obter resultados precisos também através de aparelhos eletrônicos.
O pH é uma grandeza físico-química das mais importantes em piscinas, pois um pH alto, entre outras desvantagens, diminui a eficiência do cloro consideravelmente e ainda aumenta a probabilidade de depósito de cálcio na água deixando-a turva.
O pH alto na areia do filtro diminui sua capacidade de filtração e nos trocadores de calor dos aquecedores compromete sua eficiência e propicia riscos de acidentes.
O pH alto pode ainda provocar ardência nos olhos e irritação da pele de quem utiliza a piscina.
Contudo, quando o pH está baixo ele acelera a evaporação do cloro, ocasiona irritação da pele e dos olhos e ainda aumenta a probabilidade de corrosão na piscina e em seus equipamentos.
Já a alcalinidade tem uma finalidade especial e principal: manter o pH estável!
A alcalinidade baixa dificulta a correção do pH e a alta exige uma grande quantidade de produtos corretores de pH.
Como qualquer parâmetro físico-químico, correções de pH e alcalinidade são executados através da introdução de produtos químicos na água da piscina.
No Brasil, os valores de pH devem estar entre 7,2 e 7,8 e o da alcalinidade, entre 80 e 120 ppm.
Digo no Brasil pois estes valores podem variar de acordo com as normas e leis de cada país.
Para a redução do pH e alcalinidade, usa-se o mesmo produto, denominado de redutor de pH e alcalinidade.
No Brasil, para reduzir a alcalinidade e o pH da piscina utiliza-se a ácido clorídrico (também chamado de ácido muriático), em diversas concentrações, sendo a mais comum em torno de 10%.
Outro produto usado para diminuir o pH e a alcalinidade da piscina é o bissulfato de sódio, também conhecido como ácido seco, na forma de pó, mais seguro que o ácido clorídrico.
Embora sejam usados os mesmos produtos para diminuir a alcalinidade e o pH, a maneira como devem ser usados na piscina são totalmente diferentes!
Para corrigir a alcalinidade o produto deve ser colocado num ponto único da piscina.
Já para corrigir o pH da piscina deve-se espalhar o produto por toda sua superfície.
Para aumentar o pH e a alcalinidade, os produtos são diferentes.
Para o pH usa-se carbonato de sódio, também conhecido comercialmente por barrilha (Na2CO3). E para a alcalinidade total usa-se bicarbonato de sódio (NaHCO3).
Ao aumentar o pH com barrilha, a alcalinidade da piscina tende a subir.
Assim como ao aumentar a alcalinidade com bicarbonato de sódio, o pH tende a aumentar. Desta forma, ao corrigir o pH para menos ou para mais, a alcalinidade também é afetada, o que exige do profissional que faz o tratamento da piscina, além de muito conhecimento, atenção e muita paciência com o chamado “efeito ioiô”.
Quando o pH e alcalinidade estão ambos altos ou baixos, suas correções são mais tranquilas dependendo dos valores apurados.
Entretanto, quando estão em oposição, tornam-se mais difíceis de serem corrigidos.
Para se corrigir somente o pH sem alterar a alcalinidade, especialistas recomendam a oxigenação da piscina para aumentá-lo e a adição de gás carbônico para diminuí-lo.
Ambas as técnicas exigem que primeiramente a alcalinidade esteja acertada antes da correção do pH.
Porém, na prática, essas correções únicas de pH são sempre de difícil execução.
Por último, é recomendado sempre fazer estas correções em várias etapas.
De um dia para o outro e com a filtração funcionando no mínimo um ciclo completo.
Bom, espero que tenha gostado do texto sobre os detalhes da manutenção do pH e da alcalinidade da piscina.
Este texto é baseado no artigo de Nilson Maierá, engenheiro químico pela Universidade Politécnica da USP e fundador da academia Raia 4 Piscinas. Para ler o artigo original de Maierá clique aqui.
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