Sociologia, perguntado por rodrigolima93, 1 ano atrás

qual o principal objetivo da teoria da ação social?

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Respondido por serdiverindo12121
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O termo ação social foi introduzido por Max Weber, em sua obra póstuma Economia e Sociedade. É um termo mais abrangente que o fenômeno social de Florian Znaniecki, posto que o indivíduo executando ações sociais não é passivo, mas (potencialmente) ativo e reativo. Posteriormente, Arnold Gehlen empregou-a para fundamentar sua obra O ser humano (1940). Também Georg Simmel entendia que o objeto de estudo da sociologia eram as formas assumidas pelas interações sociais. Outro precursor da teoria da ação é Vilfredo Pareto e sua distinção entre ações lógicas e ações não-lógicas.


Origens:


No entanto, é com Max Weber que se consolida a mais famosa classificação de tipos de ações sociais. Para ele a ação difere do comportamento porque nela está contido um sentido dado a ela pelo próprio agente. Cabe a sociologia compreender ou captar este significado e refletir sobre as consequências da ação. Com base nesta definição, Weber apresenta quatro tipos puros de ação:


Ações racionais com relação a valores: ações tomadas com base nos valores do indivíduo, mas sem pensar nas consequências e muitas vezes sem considerar se os meios escolhidos são apropriados para atingi-lo.

Ações racionais com relação a fins (também conhecidas como ação por fins, do alemão zweckrational)): ações planejadas e tomadas após avaliado o fim em relação a outros fins, e após a consideração de vários meios (e consequências) para atingi-los. Um exemplo seria a maioria das transações econômicas.

Ações afetivas: ações tomadas devido às emoções do indivíduo, para expressar sentimentos pessoais. Como exemplos, comemorar após a vitória, chorar em um funeral, seriam ações emocionais.

Ações tradicionais : ações baseadas na tradição enraizada. Um exemplo seria relaxar nos domingos e colocar roupas mais leves. Algumas ações tradicionais podem se tornar um artefato cultural.


No centro da teoria weberiana, portanto, está a racionalidade da ação que pode estar relacionada com interesses ou com valores. Na hierarquia sociológica, a ação social é mais avançada que o comportamento e é em sequência seguida por contatos sociais mais avançados, como a interação social e a relação social.

Desenvolvimento


Dando continuidade a teoria da ação social de Weber, Alfred Schütz se preocupou em analisar o problema da constituição intersubjetiva do significado. Ele enfatiza que os sentidos dados pelos atores as suas práticas não é construído por cada um isoladamente e leva em conta o próprio contexto da relação. Esse autor introduz na sociologia o conceito de mundo da vida (de Martins Cabaço) como instrumento de teorização do cotidiano dos indivíduos.


Outra importante teoria da ação foi proposta por Talcott Parsons no livro A estrutura da ação social de 1937: trata-se da sua teoia voluntarista da ação. Para esse autor a ação social precisa ser analisada segundo três elementos: agente (ator), a situação e os fins visados pelo ator social. Na fase seguinte de sua obra ele apresentou uma dicotomia de orientações da ação conhecidas como variáveis-padrão: afetividade x neutralidade afetiva, especificidade x difusão, qualidade x desempenho, universalismo x particularismo, orientação para si próprio x orientação para a coletividade. As relações médico x paciente, por exemplo são neutras afetivamente, específicas, baseadas em desempenho e universais. Parsons também adotou a tese da dupla contingência, teorema que leva em consideração a incerteza nas relações entre alter (ator social 1) e ego (ator social 2). Contudo, em suas obras seguintes Parsons adota uma orientação cada vez mais distante da teoria da ação social e passa a construir uma teoria dos sistemas de ação.



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