Qual o primeiro desafio encontrado pelos pintores que utilizam a pintura como espelho da realidade?
Soluções para a tarefa
→ Um retrato bem executado deve representar a essência interior do sujeito do ponto de vista do artista e não apenas a aparência externa. Como afirmou Aristóteles, "O objetivo da arte não é apresentar a aparência externa das coisas, senão o seu significado interno; pois isto, e não a aparência e o detalhe externos, constitui a autêntica realidade". Os artistas podem esforçar-se por um realismo fotográfico ou um parecido impressionista, mas não se trata de uma caricatura, que visa revelar o caráter através da exageração dos traços físicos. O artista em geral procura um retrato representativo, como afirmou Edward Burne-Jones: "A única expressão permitida na grande retratística é a expressão do caráter e da qualidade moral, nada temporário, efêmero ou acidental".
Na maior parte dos casos isto dá como resultado uma aparência séria, uma olhada fixa de lábios apertados, sendo historicamente raro que se encontre para além de um leve sorriso. Ou como expressou Charles Dickens, "somente há duas classes de retratos pictóricos: o sério e o do pequeno sorriso". Até mesmo com estas limitações, é possível conseguir uma ampla gama de sutis emoções, de uma ameaça tranquila a um amável contente. Se a boca se mantiver relativamente neutral, criar-se-á grande parte da expressão facial através dos olhos e da sobrancelha. Como afirma o escritor e artista Gordon C. Aymar, "os olhos são o lugar no qual é vista a informação mais completa, fiável e pertinente" sobre o sujeito. E a sobrancelha pode registrar, "quase elas por si sós, maravilha, pena, medo, dor, cinismo, concentração, nostalgia, desagrado e esperança, em infinitas variações e combinações".
O protagonista pode ser representado de corpo inteiro, meio corpo, cabeça e ombros ou cabeça, bem como de perfil, meio volto, três quartos ou de frente, recebendo a luz de diversas direções e ficando em sombra partes diferentes. Ocasionalmente, os artistas criaram retratos com múltiplos pontos de vista, como com o Triplo retrato de Carlos I efetuado por Anton van Dyck. Há até mesmo alguns retratos nos que não se vê o rosto do sujeito; exemplo disso é Christina's World (1948), de Andrew Wyeth, no que a postura da garota deficiente volta de costas integra-se com a ambientação na que se encontra para expressar a interpretação do artista.
→ O retrato pictórico é um gênero da pintura, com o objetivo de representar a aparência visual do sujeito, em geral um ser humano, embora também possam ser representados animais. Os retratistas trabalham quer por encomenda, tanto de pessoas públicas quanto de particulares, quer inspirados pela admiração e pelo afeto para o protagonista. Amiúde são documentos de família ou de Estado, bem como lembranças da pessoa retratada. Quando o artista se retrata a si mesmo trata-se de um autorretrato.
Historicamente eram representados os ricos e poderosos, mas com o tempo difundiu-se entre a classe média a encomenda de retratos pelas famílias e colegas. Ainda atualmente, persiste a pintura de retrato como encomenda de governos, corporações, associações ou indivíduos.
Dentro da hierarquia dos gêneros, o retrato tem uma postura ambígua e intermédia; por um lado, representa a uma pessoa feita a semelhança de Deus, mas pelo outro lado, trata-se de glorificar a vaidade de uma pessoa.
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Um retrato bem executado deve representar a essência interior do sujeito do ponto de vista do artista e não apenas a aparência externa. Como afirmou Aristóteles, "O objetivo da arte não é apresentar a aparência externa das coisas, senão o seu significado interno; pois isto, e não a aparência e o detalhe externos, constitui a autêntica realidade". Os artistas podem esforçar-se por um realismo fotográfico ou um parecido impressionista, mas não se trata de uma caricatura, que visa revelar o caráter através da exageração dos traços físicos. O artista em geral procura um retrato representativo, como afirmou Edward Burne-Jones: "A única expressão permitida na grande retratística é a expressão do caráter e da qualidade moral, nada temporário, efêmero ou acidental".
Na maior parte dos casos isto dá como resultado uma aparência séria, uma olhada fixa de lábios apertados, sendo historicamente raro que se encontre para além de um leve sorriso. Ou como expressou Charles Dickens, "somente há duas classes de retratos pictóricos: o sério e o do pequeno sorriso". Até mesmo com estas limitações, é possível conseguir uma ampla gama de sutis emoções, de uma ameaça tranquila a um amável contente. Se a boca se mantiver relativamente neutral, criar-se-á grande parte da expressão facial através dos olhos e da sobrancelha. Como afirma o escritor e artista Gordon C. Aymar, "os olhos são o lugar no qual é vista a informação mais completa, fiável e pertinente" sobre o sujeito. E a sobrancelha pode registrar, "quase elas por si sós, maravilha, pena, medo, dor, cinismo, concentração, nostalgia, desagrado e esperança, em infinitas variações e combinações".
O protagonista pode ser representado de corpo inteiro, meio corpo, cabeça e ombros ou cabeça, bem como de perfil, meio volto, três quartos ou de frente, recebendo a luz de diversas direções e ficando em sombra partes diferentes. Ocasionalmente, os artistas criaram retratos com múltiplos pontos de vista, como com o Triplo retrato de Carlos I efetuado por Anton van Dyck. Há até mesmo alguns retratos nos que não se vê o rosto do sujeito; exemplo disso é Christina's World (1948), de Andrew Wyeth, no que a postura da garota deficiente volta de costas integra-se com a ambientação na que se encontra para expressar a interpretação do artista.
O retrato pictórico é um gênero da pintura, com o objetivo de representar a aparência visual do sujeito, em geral um ser humano, embora também possam ser representados animais. Os retratistas trabalham quer por encomenda, tanto de pessoas públicas quanto de particulares, quer inspirados pela admiração e pelo afeto para o protagonista. Amiúde são documentos de família ou de Estado, bem como lembranças da pessoa retratada. Quando o artista se retrata a si mesmo trata-se de um autorretrato.
Historicamente eram representados os ricos e poderosos, mas com o tempo difundiu-se entre a classe média a encomenda de retratos pelas famílias e colegas. Ainda atualmente, persiste a pintura de retrato como encomenda de governos, corporações, associações ou indivíduos.
Dentro da hierarquia dos gêneros, o retrato tem uma postura ambígua e intermédia; por um lado, representa a uma pessoa feita a semelhança de Deus, mas pelo outro lado, trata-se de glorificar a vaidade de uma pessoa.