qual o potencial de leitalidade da yersinia pestis
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A OMS chegou a classificá-la como uma infecção re-emergente em 2018, depois de registrar 3 248 casos no mundo entre 2010 e 2015, com 584 óbitos. A entidade alertava, contudo, que o número poderia ser maior, pois há uma tendência de subnotificação — e animais que carregam a Yersinia pestis existem em todos os continentes, com exceção da Oceania.
No Brasil, o último registro em seres humanos é de 2005. Porém, como a infecção persiste nos roedores silvestres, a peste deve ser considerada um “perigo em potencial”, segundo o Ministério da Saúde. Aqui existem dois focos naturais da bactéria: a região Nordeste e o município de Teresópolis, no Rio de Janeiro.
Mesmo os Estados Unidos lidam com casos eventuais. Em 2015, foram 11, com três mortes.
Em resumo, o cenário chama a atenção das autoridades, mas não é o caso de gerar pânico. “Hoje, além da questão do tratamento, o diagnóstico é rápido, o que diminui muito a mortalidade da doença”, aponta Paulo Olzon, infectologista pela Universidade Federal de São Paulo. “Quando ela fez estragos no passado, não tínhamos nada disso”, completa.