História, perguntado por GRAZYMEOW, 6 meses atrás

Qual o papel econômica da Inglaterra na crise do século XVII na Europa?

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Respondido por karinacastro1285
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Resposta:

META

Apresentar aspectos constituintes da crise econômica do século XVII e sua

conseqüência para a instituição do modo de produção capitalista.

OBJETIVOS

Ao final desta aula, o aluno deverá:

identificar os fatores geradores da crise econômica do século XVII;

explicitar as conseqüências provenientes da crise do século;

descrever a importância das revoluções ocorridas na Inglaterra no século XVII

para abertura do desenvolvimento capitalista.

PRÉ-REQUISITOS

Informar-se sobre os descobrimentos geográficos realizados pelos europeus

ocidentais a partir do século XIV, procurando identificar as principais rotas

comerciais decorrentes.

Temas de História Econômica  

A “longa marcha” para a instituição do modo de produ-ção capitalista,

iniciada no século XVI, sofreu uma desaceleração em virtude da crise

econômica que ocorreu durante o século XVII, manifestada no processo

de recessão (fenômeno econômico caracterizada por queda de produção,

aumento da taxa de desemprego, diminuição da taxa de lucros) e concentração (processo em que um pequeno número de pessoas e empresas passa a

controlar os diversos componentes da atividade econômica). Esses processos afetaram de forma geral o desenvolvimento da acumulação de capital

ao favorecer a formação de um minoritário agrupamento social ligado ao

comércio, que concentrou rendas e investiu em atividades econômicas

que contribuíram para o desenvolvimento da Revolução Industrial. Por

outro lado, a crise econômica do século XVII motivou a ocorrência de

revoltas camponesas e revoluções burguesas, em especial na Inglaterra, que

determinaram a desarticulação do absolutismo e a sua prática econômica

mercantilista.

A crise econômica do século XVII Aula

A CRISE 6

Ao estudar a crise econômica ocorrida no século XVII, o historiador

Eric Hobsbawm afirmou que a desaceleração das atividades econômicas foi

fruto das contradições criadas pelo modelo de crescimento desenvolvido

durante o século XVI, que aconteceu respaldado na expansão da atividade

comercial vinculada ao mercado externo, dentro dos limites demarcados

pela estrutura feudal, ainda dominante no mundo europeu.

Na sustentação de sua tese, Eric Hobsbawm apresenta a análise de três

contradições básicas para a ocorrência da crise econômica do século XVII:

a) a ocorrida no mercado oriental, onde o

crescimento da atividade comercial na Europa

ocidental (Polônia, Rússia e outras regiões

do leste europeu) aconteceu lastreado na

produção agrícola destinada ao mercado externo através da exploração mais intensa do

trabalho servil, fator que impediu a formação

de um mercado consumidor de produtos

manufaturados de outros centros econômicos. Esse modelo permitiu a concentração de

riquezas nas mãos dos poucos e “já opulentos

senhores feudais”, enquanto aprofundava

a miséria da vida camponesa e impedia a

formação de segmentos sociais capazes de

efetuar ações de consumo, impondo limites à

expansão comercial;

b) contradição decorrente do modelo adotado

pela expansão comercial ocidental, principalmente a realizada no século XVI, que

aconteceu através da conquista, do roubo e

da colonização, que tinha como preocupação

central o fornecimento para o mercado europeu de produtos como: metais

preciosos – ouro e a prata - e especiarias, sem uma política definida para a

criação de centros consumidores de produtos manufaturados originários

de regiões da Europa. Essa prática foi característica do mercantilismo do

século XVI, em que a Espanha teve um papel preponderante. Postura que

foi modificada no século XVII, principalmente pela Inglaterra e França,

quando os dois mercantilismos passaram a valorizar a produção de mercadorias (manufaturas) na metrópole para alcançar uma balança comercial

favorável;

c) por último, o historiador inglês aponta a contradição acontecida no

mercado interno dos países europeus, envolvidos nos primeiros momentos da expansão comercial, na medida em que a relação servil  Camponeses medievais no séc. XVI

Temas de História Econômica

ava dominante, estrangulando o movimento de formação do

trabalhador livre, do proprietário comerciante, da expansão da

manufatura no lugar do artesanato e o domínio da circulação

em que a moeda fosse o principal meio de troca. Logo, impedia

o desenvolvimento do comércio interno e de outra forma de

extração das riquezas produzidas pelo trabalho.

A crise de natureza econômica, acontecida durante o século

XVII, foi acompanhada e ampliada em determinados momentos

e regiões européias por fatores externos, como os provenientes

das epidemias (a cólera, o sarampo, varíola e o tifo) e das guerras,

em especial a dos Trinta Anos, que provocaram a redução do

crescimento demográfico, causando uma diminuição da oferta

de mão de obra, como também de propensos consumidores.

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