Qual o papel do BENELUX e da CEE,para o surgimento da EU (União Europeia)?
Soluções para a tarefa
Resposta:
Explicação:
O Reino Unido pode desistir do Brexit durante as negociações?
Possíveis consequências para o Reino Unido
Uma vez consolidada a saída do Reino Unido em abril de 2019, espera-se que a economia britânica sofra impactos, apesar de ser muito difícil prevê-los. O Fundo Monetário Internacional, por exemplo, publicou um estudo que faz uma estimativa de que a economia britânica encolha de 1,5% a 9,5% com a consolidação da saída. Existem, porém, aqueles que discordam do dado apresentado, argumentando que o Reino Unido terá a liberdade de fazer acordos econômicos livremente com outros países e que isso beneficiará a economia britânica.
A questão econômica gera preocupação interna, uma vez que muitos produtores britânicos exportam produtos em maior quantidade para países-membros da União Europeia. Caso não haja acordos econômicos do Reino Unido com cada país desse bloco, muitos produtores podem ficar sem compradores para seus produtos ou podem ver os valores de exportação aumentarem, o que diminuiria o lucro.
Outra questão polêmica que envolve o Brexit é o futuro de trabalhadores europeus que moram no Reino Unido. Como o debate do Brexit foi pautado pela questão do controle das fronteiras britânicas, essa questão é delicada e gera preocupação em europeus que moram no Reino Unido. O governo britânico não deu declarações a respeito de suas intenções com os residentes europeus, então, acredita-se que essa questão seja debatida durante o prazo de dois anos previsto para as negociações acontecerem. O número de imigrantes que foram para o Reino Unido em 2016, inclusive, diminuiu cerca de 50 mil em relação ao ano anterior, com queda sensível de pessoas do Leste Europeu.
Outra questão importante a ser debatida são os acordos de cooperação para a questão de segurança contra o fundamentalismo e a atuação de grupos terroristas islâmicos.
Brexit reacendeu movimentos separatistas no Reino Unido
A saída do Reino Unido da União Europeia também reacendeu o debate pela independência escocesa. Historicamente a Escócia sempre possuiu uma parcela grande da população com discurso separatista. Em 2014, o país havia rejeitado em referendo a saída do Reino Unido. Assim, como a Escócia não deseja sair do bloco europeu, o debate retornou com força no país.
Parlamentares escoceses aprovaram no dia 28 de março de 2017 a realização de um novo referendo para consultar o interesse da população na saída da Escócia do Reino Unido. Isso ocorreu porque 62% do país votou por permanecer no bloco europeu. Por essa razão, os parlamentares escoceses acham necessário realizar uma nova consulta à população. A primeira-ministra britânica, Theresa May, foi a Glasgow, na Escócia, para convencer a primeira-ministra escocesa a desistir da ideia de realizar um novo plebiscito, mas não houve acordo.
A Irlanda do Norte também votou pela permanência no bloco europeu, e a escolha pela saída pode originar um debate pela reunificação irlandesa segundo especialistas.
A CEE foi criada por meio do Tratado de Roma e tinha dois propósitos fundamentais: integrar politica e economicamente a Europa, no contexto do pós-guerra, e impedir, por meio dessa integração, o aparecimento de rivalidades semelhantes àquelas que deram origem à Primeira e à Segunda guerras mundiais.
A CEE consolidou-se na segunda metade do século XX por meio de outros tratados. Entre os principais, estão:
O Tratado de Maastricht, de 1992, que criou o Euro, de modo a unificar monetariamente os países-membros;
O Tratado de Amsterdã, de 1997, que instituiu a Política Estrangeira de Segurança Comum (PESC);
O Tratado de Lisboa, de 2007, que reformou alguns dos elementos principais da Constituição Europeia, promulgada em 18 de junho de 2004.
Todo esse sistema de tratados e a própria Constituição Europeia deram a base daquilo que hoje é conhecido como União Europeia, que tem instituições específicas para os três poderes principais (executivo, legislativo e judiciário): a Comissão e o Conselho Europeu (executivo), o Parlamento Europeu (legislativo) e o Tribunal de Justiça da União Europeia (judiciário). Para compreender melhor essa estrutura, acesso o texto: Estrutura da União Europeia.
Inserção do Reino Unido na União Europeia
O Reino Unido entrou na União Europeia, à época CEE, em 1º de janeiro de 1973, mas não tardou muito para que houvesse as primeiras contestações ao modelo político-econômico da CEE. Dois anos depois, em 5 de junho de 1975, um referendo teve que ser votado para resolver o impasse que o Reino Unido vivia com relação à permanência ou saída da CEE, de modo semelhante ao que ocorreu em 2016. A população foi às urnas e decidiu pela permanência.
Além disso, outro impasse que os britânicos também viviam com relação à UE dizia respeito à questão monetária. O Reino Unido nunca aceitou entrar na zona do Euro, isto é, sua moeda, a libra esterlina, nunca esteve submetida ao padrão monetário da moeda comum europeia.