Qual o papel de Napoleão na instabilidade política e econômica durante o governo dos girondinos em 1799?
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O Directório, criado em 1795, marcou a retomada de poder dos girondinos na condução do processo revolucionário francês. Aproveitando toda a instabilidade política deixada pelos radicais que capitanearam a Convenção Nacional, a alta burguesia conseguiu reassumir o país promovendo reformas que deram fim às medidas populares criadas anteriormente. Daí em diante, a consolidação de qualquer mudança mais profunda seria controlada por instrumentos de visível exclusão política. Entre as primeiras medidas tomadas, o novo governo criou uma nova constituição que colocava cinco integrantes à frente do Poder Executivo. Estes membros do chamado Directório seriam escolhidos por meio da votação do Poder Legislativo que, por sua vez, voltariam a ser escolhidos pelo sistema de censitário. Por meio dessas medidas, buscava-se evitar outra possível radicalização política e, ao mesmo tempo, estabilidade necessária para se lutar contra os problemas internos e as tropas inimigas. A composição do cenário político ganhou uma nova configuração, onde os girondinos ocupavam a parte central da assembléia legislativa, os realistas ficavam à direita e os poucos jacobinos que restavam situados à esquerda. Nessa transição houve uma tentativa de restauração da monarquia através de um golpe. Contudo, um jovem militar chamado Napoleão Bonaparte foi responsável por conter a trama que colocou a revolução sob ameaça.
Da mesma forma, os radicais também tentaram abalar o poder burguês restaurado por meio de uma grande revolta popular. Graco Babeuf, líder principal da chamada “conspiração dos iguais”, realizava duras críticas contra a manutenção da propriedade privada e defendia a volta de um governo popular capaz de extinguir qualquer tipo de desigualdade. Apesar de tais incidentes, o Directório continuava a realizar as mudanças favoráveis ao projecto político burguês. Contrastando com as disputas que agitavam o cenário político interno, a França conseguia vitórias cada vez mais significativas contra os exércitos absolutistas europeus. Nas batalhas ocorridas na Europa Oriental, em Malta, na Suíça, no Egipto e na Síria os franceses impunham novas derrotas contra aqueles que temiam o avanço do ideal revolucionário. Entre tantos combatentes, a figura do general Napoleão Bonaparte se tornava unânime entre os defensores da soberania nacional francesa.
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