Geografia, perguntado por alanasrodrigues, 1 ano atrás

Qual o papel da frente única paraense FUP durante o governo de Magalhães Barata​

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Respondido por lemos2010
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É a tua cara que é                       b                                


alanasrodrigues: oi?
Usuário anônimo: kkkkk o cara ta chapado
Respondido por Usuário anônimo
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Partido político paraense formado em 1934 por elementos que se opunham ao governo do interventor Joaquim de Magalhães Barata. Foi extinta junto com os demais partidos políticos do país pelo Decreto nº 37, de 2 de dezembro de 1937, após a instalação do Estado Novo.

Seu primeiro diretório era constituído por Lauro Sodré (presidente), o general Frutuoso Mendes (vice-presidente), César Coutinho (primeiro-secretário), Renato Franco (segundo-secretário) e Osvaldo Orico (diretor de propaganda).

Nas eleições de 14 de outubro de 1934, a FUP elegeu dois deputados federais — Agostinho de Meneses Monteiro e Deodoro Machado de Mendonça — e nove deputados estaduais — Samuel da Gama Costa MacDowell, Aldebaro Cavaleiro de Macedo Klantau, José Alves Dias Júnior, João José da Costa Botelho, Bernardo Borges Pires Leal, Antonino Emiliano de Sousa Castro, Antonino de Oliveira Melo, José Jacinto Aben-Athar e Antônio da Silva Magno.

A Assembléia Constituinte Estadual, com data de instalação marcada para 4 de abril de 1935, além de preparar a Constituição estadual, deveria também eleger o governador constitucional do estado e dois senadores. Em função destas eleições, a FUP recebeu a adesão de vários membros do Partido Liberal que discordavam do apoio dado por seu partido à candidatura do interventor Magalhães Barata ao governo do estado. Faziam parte desse grupo dissidente sete deputados estaduais que, unidos aos nove deputados da FUP, passaram a formar uma maioria oposicionista apoiando a candidatura de Mário Chermont ao governo estadual.

Pouco antes de 4 de abril, sentindo-se ameaçados, os dissidentes do Partido Liberal asilaram-se no quartel-general da 8ª Região Militar e requereram ao Tribunal Regional Eleitoral duas ordens de habeas-corpus para que pudessem, sob garantias, exercer livremente seu voto. Apesar dessas providências, o presidente da Assembléia, Ápio Medrado, membro do Partido Liberal, reuniu a Constituinte declarando haver número legal de membros já que vários suplentes haviam sido convocados para substituir os dissidentes. Realizou-se então a eleição para o cargo de governador constitucional, saindo vitorioso o major Magalhães Barata.

A maioria oposicionista dirigiu então seus esforços para anular por meios legais esta eleição. Conseguiu convocar novamente a Constituinte para o dia 5 de abril, de acordo com o edital assinado pelo primeiro-secretário da Assembléia, deputado Ernestino Sousa Filho. Entretanto, quando se dirigiam, sob escolta, do quartel onde se encontravam para a Assembléia, os deputados do Partido Liberal foram atacados, saindo feridos alguns deles do tiroteio que matou dois populares. Os deputados atacados voltaram a abrigar-se no quartel de onde haviam saído.

Em virtude desses acontecimentos, o governo federal enviou a Belém o major Roberto Carneiro de Mendonça, nomeado interventor federal no estado, que tomou posse a 12 de abril. O interventor conseguiu um acordo, tendo Mário Chermont retirado sua candidatura em favor de José Carneiro da Gama Malcher. No dia 29 de abril foi reaberta a Assembléia Constituinte Estadual sob a presidência de Ernestino Sousa Filho. Procedida a eleição, José Carneiro da Gama Malcher recebeu 16 votos, tornando-se governador do estado. Na mesma oportunidade, foram eleitos senadores Abel Chermont (16 votos) e Abelardo Conduru (14 votos), ambos dissidentes do Partido Liberal.

Logo após as eleições, o grupo formado pelos deputados da FUP e os dissidentes do Partido Liberal resolveu fundar o Partido Popular do Pará para apoiar o governo de José Malcher. Entretanto ainda em 1935 surgiram divergências em seu interior, e alguns de seus componentes, entre os quais Samuel Mac-Dowell e Agostinho Monteiro, desligaram-se do movimento para integrar novamente a Frente Única Paraense. Os demais membros do Partido Popular resolveram fundar a União Popular do Pará.

A Frente Única Paraense, rearticulada, continuou apoiando o governador José Malcher e o presidente Getúlio Vargas.

Em julho de 1936, realizou-se a eleição para a constituição da mesa da Assembléia Legislativa, tendo sido escolhidos Samuel MacDowell (presidente), Antonino Melo (vice-presidente), Bernardo Borges Pires Leal (primeiro-secretário) e Dias Júnior (segundo-secretário), todos da Frente Única Paraense. Esta mesa renunciou em 20 de outubro do mesmo ano.

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