História, perguntado por italo107522, 9 meses atrás

Qual o nome da guerra na qual os árabes muçulmanos e chineses

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Respondido por Christianosant
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O inglês Shehzad Tanweer sabia curtir a vida. Aos 22 anos, apaixonado por futebol e críquete, ele gostava de passear com os amigos a bordo de seu Mercedes vermelho pelos bares de Leeds, onde vivia com a família. Formado em ciências do esporte, às vezes trabalhava num dos restaurantes do pai vendendo peixe com batatas fritas, típico prato britânico. Os clientes se divertiam com seu senso de humor.

Em 7 de julho de 2005, Tanweer tomou calmamente o metrô de Londres. Perto da estação Aldgate, ele detonou uma bomba que levava na mochila, matando 7 pessoas. Três amigos dele também se suicidaram na mesma hora em outras estações. Ao todo, foram 56 mortos e centenas de feridos.

Filho de paquistaneses residentes na Inglaterra, Tanweer vivia no meio da ponte entre os dois mundos. Histórias como a dele, ou como a dos quebra-quebras promovidos por filhos de imigrantes nos subúrbios de Paris e os protestos mundiais contra as caricaturas de Maomé publicadas em um jornal dinamarquês, sugerem que algo anda mal na relação entre o Ocidente e o islã, algo parecido com um divórcio litigioso.

Afinal, o que está acontecendo? E por quê? A raiz do conflito está na desigualdade social, na violência de islâmicos fanáticos, numa suposta opressão imposta pelo Ocidente aos muçulmanos por séculos? Para chegar perto da resposta a primeira regra é não generalizar. Assim como o Ocidente – um balaio-de-gatos que reúne de chilenos a irlandeses – o islã não é um bloco monolítico: engloba 1,4 bilhão de pessoas das mais variadas tendências e uma tradição de enorme diversidade.

Para os especialistas, suicidas como Tanweer não são impulsionados por loucura nem pobreza, mas por fatos e idéias que têm história e marcaram a trajetória do islã. O saudita Osama bin Laden, ídolo de Tanweer, costuma defender essa tese com freqüência. Num vídeo de 7 de outubro de 2001, por exemplo, ele falava da “humilhação que o islã tem sofrido por mais de 80 anos”. A que 80 anos ele se referia? Talvez voltando no tempo seja possível entender o que acontece agora.

Ascensão e queda

Durante quase 1 000 anos – entre o declínio do Império Romano e o advento da modernidade – o islã esteve na vanguarda do progresso humano. A largada começou no século 7, quando os seguidores do profeta Maomé partiram de Medina, na atual Arábia Saudita, e conquistaram o Oriente Médio, o norte da África e a península Ibérica. Em 1095, a Igreja Católica enviou a primeira de várias expedições para recuperar a Terra Santa das mãos muçulmanas, conhecidas como cruzadas. A empreitada fracassou, enquanto os seguidores de Maomé só faziam ampliar seus domínios.

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