Qual o Nicho Ecológico das oligoquetas
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Os oligoquetas
Os oligoquetas podem ser encontrados em ambiente aquático, tanto em águas doces como marinhas, mas sobretudo em ambiente terrestre. Este grupo inclui uma das espécies mais conhecidas de Anelídeos, a minhoca-da-terra (Lumbricus terrestris).
Conhecem-se cerca de 3500 espécies, entre as quais apenas 200 são marinhas. Quer as espécies de água doce, quer as espécies marinhas, são de pequenas dimensões, sendo no ambiente terrestre que se encontram as espécies de maiores dimensões, como a minhoca-da-terra com cerca de 10-12 cm, ou mais, e o gigante Australiano (Megascolides australis) que pode atingir 3 m. É o Anelídeo de maiores dimensões que se conhece!
Os oligoquetas vivem sobretudo enterrados no sedimento (ou solo) ou deslocam-se entre a vegetação do fundo e apenas um pequeno número de espécies constrói tubos. As espécies aquáticas são particularmente abundantes a baixas profundidades, existindo contudo algumas famílias com representantes em zonas profundas.
Nos oligoquetas a segmentação é particularmente bem desenvolvida e os animais deslocam-se sobretudo contraindo diferenciadamente várias regiões do corpo (contracções peristálticas). Os parápodes estão ausentes e as sedas, em menor número (oligo, pouco + khaíte, pêlo) e menos diversificadas do que nos poliquetas, são utilizadas na tracção, quando se enterram e movimentam no interior do sedimento. A segmentação é bastante uniforme. Na região anterior, o prostómio é geralmente cónico e sem estruturas sensoriais evidentes; o pigídeo, com o ânus, surge na região oposta sem mostrar grande individualização relativamente ao tronco. Este último é também bastante uniforme, exceptuando uma zona mais espessa, bem evidente sobretudo durante o período de reprodução, o clitelo, estrutura característica dos oligoquetas e hirudíneos e ausente nos poliquetas.
Os oligoquetas são hermafroditas, a fecundação e o desenvolvimento ocorrem no interior de uma estrutura segregada pelo clitelo, o casulo, não existindo estágios larvares, nem mesmo nas espécies marinhas (desenvolvimento directo). Algumas espécies, sobretudo de água doce, podem reproduzir-se assexuadamente através da divisão de um indivíduo em várias secções transversais (e posterior regeneração de cada secção num indivíduo completo). Em algumas espécies, sobretudo terrestres, pode ocorrer partenogénese.