qual o impacto social da exploração de minerios na RDC?
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RDC: O impacto silencioso da exploração de cobalto
28.06.2019
Mais de 4 mil toneladas de cobalto forame extraídas da mina de Ruashi em 2018
Veículos movidos à energia elétrica são anunciados como sustentáveis. Mas a principal matéria-prima para produção das baterias de eletricidade vem de áreas negativamente impactadas pela exploração do metal.
Christophe Kabwita atravessa o solo argiloso da sua propriedade. O congolês de 59 anos vive com a sua mulher e os seus oito filhos. Ninguém é rico em Ruashi, um distrito à beira da metrópole Lubumbashi, no sul da República Democrática do Congo. Aqui, fica uma mina de cobalto a céu aberto. A matéria-prima é usada em baterias comuns de carros elétricos, smartphones e laptops.
Kabwita trabalha num centro comunitário e se considera um ativista. Em seu tempo livre, documenta as queixas da população sobre a mina. "As empresas de mineração e as montadoras cometem sérias violações de direitos humanos com as quais não se importam. Eu gostaria de enfrentá-las e mostrar o que essas empresas estão a fazer", diz.
A reputação sustentável do transporte movido à eletricidade foi abalada com a publicação de relatórios sobre o trabalho infantil na mineração de cobalto na RDC. As montadoras alegam que nada têm a ver com isso, pois obrigam os fornecedores a comprar cobalto apenas de minas industriais movidas a máquinas.
De facto, não existe trabalho infantil em grandes minas, como Ruashi, mas ainda assim a população é afetada. Práticas imprudentes de detonação de rochas chegam a ter consequências mortais aos moradores. "Aqui ao redor da minha casa, há um total de 12 rachaduras devido às detonações. É muito visível, estamos a pelo menos 400 metros da mina. Basta observar cada propriedade", sublinha Christophe Kabwita.