Geografia, perguntado por junioralex2013pddmft, 1 ano atrás

Qual o fenomeno natural ocorreu em kobe no japao em 1995?
E quais foram suas consegencias.

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Respondido por karinesousadarosa
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A HISTÓRIANa manhã de 17 de janeiro de 1995, um terremoto de intensidade 7,3 na escala Richter atingiu o Japão. O epicentro foi próximo a três cidades – Kobe, Osaka e Kioto. Mas a mais atingida foi Kobe, importante centro econômico e a quinta cidade do país com um milhão e meio de habitantes. Em 20 segundos, foram abaixo casas e prédios, além de estradas e estações de metrô. Canalizações de água e gás e a rede elétrica foram destruídas. A cidade ficou devastada.

O terremoto, na época considerado o pior dos últimos 50 anos, deixou 6400 mortos, 35 mil feridos e 300 mil desabrigados. Mais de 20 mil brasileiros viviam na região afetada, oito morreram na tragédia.

A falta de água, luz e telefone, os incêndios e o medo de novos abalos, fizeram com que a população de Kobe abandonasse a cidade portuária. A omissão do governo japonês e a demora em prestar ajuda às vítimas da tragédia foram muito criticadas na ocasião

EQUIPE E ESTRUTURAPedro Bial, na época correspondente da Globo em Londres, e o repórter cinematográfico Luiz Demétrio Furkim embarcaram para o Japão logo após as primeiras notícias sobre o terremoto que atingiu Kobe. Sem visto, os dois não conseguiram entrar no país. Foi necessário passarem pelo processo de deportação para então receberem o visto de emergência.

Durante quatro dias, a equipe registrou a destruição que tomou conta da cidade, o desespero dos moradores, que temiam novos tremores e choravam pela perda de parentes e amigos, e a busca por brasileiros. As reportagens foram exibidas no Jornal Nacional, no Jornal da Globo e também no Fantástico.

Bial destaca essa com uma das coberturas mais duras que fez, física e emocionalmente: “Era assim, você chegava às escolas e a primeira coisa que via era gente construindo caixão, construindo caixão, construindo caixão. Havia um cheiro de defunto por toda parte. [...] Emocionalmente, fiquei muito abalado. Eu me lembro de que foi difícil me recuperar de Kobe”.

Cenário de destruiçãoAssim que chegaram à região atingida pelo terremoto, os correspondentes da Globo se depararam com um cenário de caos. As reportagens exibidas no Jornal Nacional e no Jornal da Globomostraram uma cidade em ruínas – prédios e ruas destruídos, incêndios e o som constante de sirenes. As equipes de resgate procuravam sobreviventes e corpos em meio aos escombros. Os hospitais estavam lotados, e ginásios e escolas foram transformados em centros de refugiados. Faltava água e comida para a população.

“No primeiro dia, não conseguimos chegar a Kobe. Fomos só até metade do caminho, pois já tinha caído tudo. Tem aquela célebre imagem do elevado que cai como uma carta de baralho” Pedro Bial sobre o terremoto em Kobe

Com estradas destruídas e engarrafamentos enormes, Pedro Bial e Luiz Demétrio Furkim tiveram que caminhar para poderem chegar aonde queriam. “Não adiantava ter carro, tinha que andar a pé, porque estava tudo parado. Então a gente andava de um lado para o outro carregando mochila, bateria, tripé, câmera, um peso. E eu fiquei vários dias falando com o Demétrio: ‘Vamos alugar uma bicicleta? Demétrio, é o seguinte, eu vou comprar duas bicicletas’. No dia seguinte, ele falou: ‘Não, não... Vamos a pé’. Uma hora, eu falei: ‘Está decidido, Demétrio, eu vou comprar duas bicicletas’. E ele então confessou que não sabia andar de bicicleta’. E por isso não compramos as duas bicicletas”, recorda Bial.    

Outra dificuldade foi encontrar local para passar as noites, como lembra o correspondente: “A gente não sabia onde ia dormir. Teve um dia que dormimos num hotel que tinha uma rachadura enorme no meio. Por segurança, tínhamos que dormir de porta aberta.”  



junioralex2013pddmft: obrigado!
karinesousadarosa: De nd
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