Qual o efeito da desigualdade na saúde?
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A desigualdade social atinge a população brasileira não só de um ponto de vista econômico, mas também em situações corriqueiras. O atendimento de saúde é uma delas. As populações negras, indígenas, mulheres e LGBTs podem se deparar com um tratamento menos preparado e até mesmo preconceituoso ao chegar no sistema de saúde – tanto público, quanto privado.
É o impacto dessas desigualdades na saúde o objeto de estudo e trabalho do professor do Departamento de Saúde Pública da UFSC João Dornelles. Formado em odontologia na Universidade Federal de santa Catarina, foi para a área de epidemiologia no mestrado e doutorado, cursados na Universidadel Federal de Pelotas (UFPEL).
Foi em um trabalho de campo no Rio de Janeiro que conheceu outros profissionais que trabalhavam com essa questão no Brasil e, a partir daí, tem desenvolvido seu estudo em três linhas de investigação: a ambiguidade racial brasileira – conhecida como fluida contextual e sujeita a muitas variáveis – e o impacto disso na desigualdade raciais em saúde no Brasil; a discriminação no serviço de saúde e na prestação de cuidado às pessoas; e o impacto da discriminação sobre diferentes condições de saúde: depressão, ansiedade, hipertensão arterial, obesidade.
Como a temática de desigualdade social é desenvolvida na graduação?
Acho que essa temática é muito pouco desenvolvida, praticamente não há nenhuma presença no currículo dos cursos de odontologia, medicina, farmácia, enfermagem, todos os cursos da área da saúde. De verdade, ainda é um tema pouco explorado. Mas, existe, mais recentemente, nas novas diretrizes curriculares do curso de medicina, uma obrigação de que os cursos tratem da discriminação, especificamente a de cunho racial, de modo transversal no currículo. Isso significa que todo os módulos do curso devem trabalhar uma interface do seu conteúdo primário com a questão da discriminação. É ainda muito preliminar, a diretriz é muito recente, e não há ampla mobilização nessa direção. Na medicina, nós estamos nessa situação, e em outros cursos estamos ainda mais atrás.
É o impacto dessas desigualdades na saúde o objeto de estudo e trabalho do professor do Departamento de Saúde Pública da UFSC João Dornelles. Formado em odontologia na Universidade Federal de santa Catarina, foi para a área de epidemiologia no mestrado e doutorado, cursados na Universidadel Federal de Pelotas (UFPEL).
Foi em um trabalho de campo no Rio de Janeiro que conheceu outros profissionais que trabalhavam com essa questão no Brasil e, a partir daí, tem desenvolvido seu estudo em três linhas de investigação: a ambiguidade racial brasileira – conhecida como fluida contextual e sujeita a muitas variáveis – e o impacto disso na desigualdade raciais em saúde no Brasil; a discriminação no serviço de saúde e na prestação de cuidado às pessoas; e o impacto da discriminação sobre diferentes condições de saúde: depressão, ansiedade, hipertensão arterial, obesidade.
Como a temática de desigualdade social é desenvolvida na graduação?
Acho que essa temática é muito pouco desenvolvida, praticamente não há nenhuma presença no currículo dos cursos de odontologia, medicina, farmácia, enfermagem, todos os cursos da área da saúde. De verdade, ainda é um tema pouco explorado. Mas, existe, mais recentemente, nas novas diretrizes curriculares do curso de medicina, uma obrigação de que os cursos tratem da discriminação, especificamente a de cunho racial, de modo transversal no currículo. Isso significa que todo os módulos do curso devem trabalhar uma interface do seu conteúdo primário com a questão da discriminação. É ainda muito preliminar, a diretriz é muito recente, e não há ampla mobilização nessa direção. Na medicina, nós estamos nessa situação, e em outros cursos estamos ainda mais atrás.
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