qual nível de industrialização da Argentina?
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Argentina, as condições iniciais para a industrialização foram
estabelecidas pelo complexo rural exportador: os capitais britânicos, a força de
trabalho imigrante, a malha ferroviária e o porto de Buenos Aires. Sobre essas
bases, desenvolveu-se, desde o início do século XX, a indústria de processamento
de alimentos (óleos vegetais, carne, couro), voltada desde o início para a
exportação.
A Primeira Guerra Mundial e a depressão internacional da década de 1930
provocaram o surto inicial de substituição de importações, com o desenvolvimento
das indústrias de bens de consumo não-alimentícios, voltadas para o mercado interno.
Esse processo apoiou-se essencialmente nas pequenas e médias empresas de capitais
nacionais. O ingresso de capitais norte-americanos, que disputavam posições com
os investimentos britânicos, também contribuiu para essa etapa de decolagem
industrial. Ainda na década de 1930, o Estado inaugurou a sua participação como
empreendedor industrial, através da criação da companhia de exploração do petróleo
da região de Comodoro Rivadávia, a Yacimientos Petrolíferos Fiscales (YPF).
A moderna Argentina industrial, porém, nasceu após a Segunda Guerra
Mundial. As eleições de 1946 conduziram Juan Domingos Perón à presidência,
cargo que conservaria até o golpe militar de 1955. A “década de Perón” foi marcada
pelo crescimento industrial do país. Os capitais nacionais inseriram-se
predominantemente no setor alimentício e exportador e no de bens de consumo
não-duráveis. O Estado encampou os serviços públicos e ferroviários surgidos dos
antigos investimentos britânicos e desenvolveu a indústria de base. Os capitais
internacionais desenvolveram o setor de bens duráveis, com destaque para as
indústrias mecânicas. O peso da influência européia no país reflete-se ainda hoje na
distribuição da produção automobilística: as fábricas italianas e francesas lideram o
ramo, com larga vantagem sobre as montadoras norte-americanas.
A Argentina transformou-se em um país urbano e industrial, mas o lastro
da sua economia continua a repousar, paradoxalmente, no complexo rural. A
estrutura industrial depende, em grande medida, do vasto e diferenciado ramo do
processamento de alimentos. O comércio exterior do país, direcionado
principalmente para Europa Ocidental e América Latina, exibe forte predominância
dos produtos de origem primária.
estabelecidas pelo complexo rural exportador: os capitais britânicos, a força de
trabalho imigrante, a malha ferroviária e o porto de Buenos Aires. Sobre essas
bases, desenvolveu-se, desde o início do século XX, a indústria de processamento
de alimentos (óleos vegetais, carne, couro), voltada desde o início para a
exportação.
A Primeira Guerra Mundial e a depressão internacional da década de 1930
provocaram o surto inicial de substituição de importações, com o desenvolvimento
das indústrias de bens de consumo não-alimentícios, voltadas para o mercado interno.
Esse processo apoiou-se essencialmente nas pequenas e médias empresas de capitais
nacionais. O ingresso de capitais norte-americanos, que disputavam posições com
os investimentos britânicos, também contribuiu para essa etapa de decolagem
industrial. Ainda na década de 1930, o Estado inaugurou a sua participação como
empreendedor industrial, através da criação da companhia de exploração do petróleo
da região de Comodoro Rivadávia, a Yacimientos Petrolíferos Fiscales (YPF).
A moderna Argentina industrial, porém, nasceu após a Segunda Guerra
Mundial. As eleições de 1946 conduziram Juan Domingos Perón à presidência,
cargo que conservaria até o golpe militar de 1955. A “década de Perón” foi marcada
pelo crescimento industrial do país. Os capitais nacionais inseriram-se
predominantemente no setor alimentício e exportador e no de bens de consumo
não-duráveis. O Estado encampou os serviços públicos e ferroviários surgidos dos
antigos investimentos britânicos e desenvolveu a indústria de base. Os capitais
internacionais desenvolveram o setor de bens duráveis, com destaque para as
indústrias mecânicas. O peso da influência européia no país reflete-se ainda hoje na
distribuição da produção automobilística: as fábricas italianas e francesas lideram o
ramo, com larga vantagem sobre as montadoras norte-americanas.
A Argentina transformou-se em um país urbano e industrial, mas o lastro
da sua economia continua a repousar, paradoxalmente, no complexo rural. A
estrutura industrial depende, em grande medida, do vasto e diferenciado ramo do
processamento de alimentos. O comércio exterior do país, direcionado
principalmente para Europa Ocidental e América Latina, exibe forte predominância
dos produtos de origem primária.
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