Ed. Física, perguntado por lbobi2362, 3 meses atrás

Qual musica foi decisiva para esse sucesso

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Respondido por guilhermina7920570
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Resposta:

Waldir Azevedo custou a acreditar no tamanho do sucesso de “Brasileirinho”, choro de sua autoria lançado em maio de 1949, em seu primeiro disco como solista, um 78 rotações da gravadora Continental. Foram tantas as execuções em rádio, convites para shows e discos vendidos que ele, aos 26 anos, pediu demissão do emprego na Light, companhia de eletricidade em que trabalhava desde 1941, como escriturário. Embora iniciante, a carreira artística – somada ao emprego de músico contratado da Rádio Clube do Brasil – já dava conta de sustentar a família: a esposa, Olinda, e duas filhas pequenas, Mirian e Marli.

Tão improvável quanto o início avassalador foi, já no ano seguinte, o lançamento do segundo grande sucesso: o baião “Delicado”, que saiu em disco pela Continental, em novembro de 1950. Curioso é que, quando Waldir entrou no estúdio para gravar esse 78 rotações, a única música definida era o choro “Vê se gostas”, outro sucesso de sua autoria (em parceria com Otaviano Pitanga), que seria lançado no lado B do disco. Na biografia “Waldir Azevedo: um cavaquinho na história”, o autor Marco Antonio Bernardo conta que, na falta de uma música para a outra face, foi Chiquinho do Acordeom quem sugeriu: “Por que você não grava aquele baião?”  

O cavaquinista e produtor Henrique Cazes, num texto recente sobre “Delicado”, conta que Chiquinho foi responsável também por dar nome à música e por ela ter sido gravada como baião e não como bolero – como planejava Waldir. O próprio contaria ao jornal O Estado de S. Paulo (na edição de 20 de novembro de 1979) que esta definição foi decisiva para o sucesso da música: “Gravei ‘Delicado’ numa época em que Luiz Gonzaga estava no apogeu e era, de fato, o Rei do Baião. Eu, claro, quis pegar uma rebarba no sucesso e deu certo. Fui na onda do baião e me tornei o primeiro artista a gravar esse ritmo instrumentalmente.”

O livro de Marco Antonio Bernardo traz ainda um relato de Waldir Azevedo sobre a história da composição, feita numa viagem a Nova Friburgo (RJ), onde ele ia tocar num baile de carnaval. No meio da estrada, teve problemas com seu carro (“um carrinho Skoda, que andava 200 metros e descansava 15 minutos”) e precisou encostar. “Eu já tava tão cansado, um calor louco, olhei uma árvore. Eu já tinha saído de casa com aquela melodia na cabeça mas não estava ligando. Ia levar meia-hora para esfriar aquele negócio. Abri o capô do carro e fui pra debaixo da árvore com o cavaquinho. E comecei a fazer o ‘Delicado’ ali mesmo.”

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