Qual foi o primeiro registro historico de uso de mascara
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Em tempos de pandemia de coronavírus, as máscaras N95 tornaram-se um dos itens básicos e mais procurados no mundo inteiro. O objeto, que se ajusta firmemente ao redor do rosto, é capaz de filtrar 95% das partículas transportadas pelo ar, como vírus, o que outros equipamentos de proteção não conseguem.
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Sua história começou no ano de 1910, com um médico pouco conhecido que queria salvar o mundo de uma das piores doenças já conhecidas. Mas séculos antes, as pessoas improvisavam máscaras para cobrir seus rostos. Christos Lynteris, professor da Universidade de St. Andrews, na Escócia, e especialista em história das máscaras médicas, conta que pinturas da era renascentista (1300 a 1600) também mostravam pessoas cobrindo o nariz com lenços para evitar doenças.
Outros registros históricos, como obras de arte de Marselha, na França, epicentro da peste bubônica em 1720, mostram coveiros e pessoas manuseando corpos com um pano em volta do rosto. “A razão pela qual essas pessoas usavam pano em volta de suas bocas e narizes era que, na época, eles geralmente acreditavam que doenças como a praga eram miasmas ou gases que emanavam do solo", afirma Lynteris à Fast Com
A teoria do miasma, que defendia que o mau cheiro era o grande causador de doenças, impulsionou o design das famosas máscaras usadas por médicos durante o surto de peste negra na Europa em 1600, durante a Idade Média. Essas máscaras alongadas pareciam como grandes bicos de pássaros e possuiam dois orifícios nas narinas.
As primeiras máscaras cirúrgicas
As primeiras máscaras cirúrgicas começaram a ser utilizadas por médicos em 1897. O material consistia em um lenço amarrado ao redor do rosto, mas não foram projetados para filtrar doenças transmitidas pelo ar. Elas eram usadas para impedir que os médicos tossam ou espirrem gotículas nas feridas durante a cirurgia.
É importante a distinção entre as máscaras cirúrgicas e os respiradores N95. As máscaras cirúrgicas se encaixam livremente no rosto, de modo que as partículas entram pela lateral. Já os respiradores criam uma vedação hermética para filtrar a inalação.
O primeiro respirador moderno
Em 1910, uma outra praga de peste bubônica estourou no norte da China, provocando uma verdadeira corrida científica para conter o surto. O jovem médico Lien-teh Wu, que nasceu em Penang e estudou medicina em Cambridge, foi contratatado pela Corte Imperial Chinesa para ajudar no combate à doença. Depois de realizar uma autópsia em uma das vítimas, descobriu que a praga não era transmitida por pulgas, como todos suspeitavam, mas pelo ar.
A partir das máscaras cirúrgicas criadas no Ocidente, Wu desenvolveu uma máscara mais dura feita de gaze a algodão e a enrolou em volta do rosto, adicionando várias camadas de pano para filtrar as inalações. Sua invenção foi um avanço, mas ㏒ médicos duvidavam de sua eficácia. Em 1911 a produção de máscaras teve um salto, e o item passou a ser usado por médicos, soldados e pessoas comuns. A invenção não só ajudou a impedir a propagação da praga, como se tornou símbolo da ciência médica moderna.
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