Artes, perguntado por geovanasilvaramos23, 8 meses atrás

qual foi o método pedagógico utilizado por José de Anchieta na catequização dos índios do Brasil​

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Respondido por mariaeduarda1231442
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Resposta:

Trajetória e método

José de Anchieta nasceu em 1534, na ilha de Tenerife, nas Canárias, arquipélago localizado na costa ocidental da África, que a Espanha havia recém conquistado. Aos 14 anos, ingressou no Real Colégio das Artes e Humanidades, em Coimbra, instituição que, por seu humanismo, exercia um papel de vanguarda no contexto do ensino da época.

Após finalizar o curso de Filosofia no Real Colégio, em 1551, Anchieta entrou para a Companhia de Jesus, e, 24 meses depois, aos 19 anos, embarcou num dos navios da frota de Duarte da Costa, que havia acabado de ser nomeado governador geral do Brasil. Ele compunha o grupo de noviços requisitados pelo padre Manuel da Nóbrega, estabelecido na capitania de São Vicente e que estava às voltas com a difícil tarefa de catequizar os indígenas brasileiros.

Em janeiro de 1554, ajudou a fundar o Colégio São Paulo, a partir do qual um núcleo urbano se formou, dando origem à capital paulista. Mas o trabalho de catequese era o seu objetivo principal. Para isso, convivia, diariamente, com os indígenas e priorizava o ensino das crianças. “Temos uma grande escola de meninos índios, bem instruídos em escrita e bons costumes, os quais abominam os usos de seus

progenitores”, ele escreveu em uma carta datada de 1555. Era no moldar das gerações mais novas que a conversão ao cristianismo encontrava terreno mais promissor, embora a descaracterização cultural dos jovens muitas vezes causasse vários conflitos com os mais velhos das tribos.

Outra estratégia utilizada pelos jesuítas era a do aldeamento dos índios sobreviventes das empreitadas de conquista do colonizador. Em uma carta de 1565, Anchieta explicava como procedia para convencer os índios a abandonarem suas terras e tribos em definitivo: “Dizia-lhes que se alegrassem com a nossa vinda e amizade; que queríamos ficar entre eles e ensinar-lhes as coisas de Deus, para que lhes dessem abundância de mantimentos, saúde...”.

Esse trabalho de convencimento, certamente, ficou mais fácil com a decisão da Mesa da Consciência e Ordem de Lisboa – composta por representantes da Coroa e do Vaticano – que restringiu, naquele mesmo ano, a escravização dos índios. Só poderiam ser considerados escravos aqueles que eram “aprisionados em guerras justas”, sendo livres todos os demais que se submetessem pacificamente à catequese.

Os aldeamentos se tornaram, assim, um espaço fundamental de civilização pelos jesuítas. Eles também cumpriam função primordial no sistema produtivo, pois enquanto o colonizador se preocupava com a exportação de açúcar e pau-brasil para a metrópole, os índios eram ensinados a cultivar os produtos de subsistência, comercializados pelos padres.

Respondido por quintana4585
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Mas o trabalho de catequese era o seu objetivo principal. Para isso, convivia, diariamente, com os indígenas e priorizava o ensino das crianças. “Temos uma grande escola de meninos índios, bem instruídos em escrita e bons costumes, os quais abominam os usos de seus progenitores, ele escreveu em uma carta datada de 1555. Era no moldar das gerações mais novas que a conversão ao cristianismo encontrava terreno mais promissor, embora a descaracterização cultural dos jovens muitas vezes causasse vários conflitos com os mais velhos das tribos.

Outra estratégia utilizada pelos jesuítas era a do aldeamento dos índios sobreviventes das empreitadas de conquista do colonizador. Em uma carta de 1565, Anchieta explicava como procedia para convencer os índios a abandonarem suas terras e tribos em definitivo: “Dizia-lhes que se alegrassem com a nossa vinda e amizade; que queríamos ficar entre eles e ensinar-lhes as coisas de Deus, para que lhes dessem abundância de mantimentos, saúde...”.

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