qual foi o impacto provocado pela publicação do Manifesto do Partido Comunista na sociedade da época?E da enciclica rerum novarum?
Soluções para a tarefa
Respondido por
64
À época da publicação da Encíclica "Rerum Novarum", o liberalismo vinha passando por sua pior crise desde a Revolução Francesa. Teorias como a do "contratualismo", da "autonomia das vontades", do absoluto "pacta sunt servanda",
entre outras, nascidas no seio do iluminismo, já não supriam as necessidades da sociedade ocidental. Já havia surgido no mundo o chamado "materialismo histórico", ou seja, uma teoria sócio-econômica que enaltecia a luta de classes, isto é, a luta entre dois extremos inconciliáveis: o capital e o trabalho.
O iluminismo do século XVIII, reservou um plano todo especial à razão humana, colocando-a no mesmo nível antes pertencente à Providência Divina. Sob este aspecto, o liberalismo afrontou o cerne da Igreja Católica, construído por via de dogmas axiomáticos, inimigos da razão. O homem tratou de buscar explicações racionais para acontecimentos da natureza antes não explicáveis. Esse desenvolvimento humano na esfera filosófica refletiu-se em todos os níveis, abalando consideravelmente as estruturas cristãs.
A Encíclica "Rerum Novarum" nasceu com uma missão principal: conciliar o que parecia inconciliável, forçando o Estado a intervir no liberalismo, tentando impedir, desta forma, a proliferação das idéias marxistas, preservando, assim, o poder
religioso, ante a radicalização enfrentada à época. Leão XIII, na realidade, como muitos outros, estava apavorado tanto com o conflito quanto com os socialistas e os liberais. Por isso, podemos afirmar que a Rerum Novarum impressionou pelo dualismo inconciliável, pelo relativismo e pela ausência de definição, já que era contra as idéias liberais e socialistas e defendia a propriedade particular, condenando a coletivização desta, sob a égide de que ela (propriedade) seria uma espécie de "direito natural" do homem, sendo, como tal, "divino".
Pode-se afirmar, ainda, seguindo o pensamento de grandes historiadores, que a contribuição maior da Encíclica foi o reforço à idéia de uma maior participação do Estado na economia, todavia isso não foi pregado com o intuito de salvar do flagelo os
esfarrapados e famintos operários. O objetivo maior, imediato, era, logicamente, a manutenção da posição conquistada pela Igreja Católica, através de intermináveis séculos, onde espadas e orações confundiram-se em cruzadas e conquistas sangrentas. Não há como esconder o fato da Igreja Católica estar, acima de tudo, defendendo seus próprios interesses, basta observar a repressão a que foram submetidos os integrantes da chamada "teologia da libertação", chegando a serem apenados com o "silêncio". A Igreja, em todos os movimentos ditos religiosos, desde as cruzadas, passando pela "catequização dos selvagens", até as encíclicas, sempre atuou como Estado Católico, defendendo seus interesses de império, já que, como um grande historiador já dizia, "a espada e a cruz sempre atuaram com extrema cumplicidade".
entre outras, nascidas no seio do iluminismo, já não supriam as necessidades da sociedade ocidental. Já havia surgido no mundo o chamado "materialismo histórico", ou seja, uma teoria sócio-econômica que enaltecia a luta de classes, isto é, a luta entre dois extremos inconciliáveis: o capital e o trabalho.
O iluminismo do século XVIII, reservou um plano todo especial à razão humana, colocando-a no mesmo nível antes pertencente à Providência Divina. Sob este aspecto, o liberalismo afrontou o cerne da Igreja Católica, construído por via de dogmas axiomáticos, inimigos da razão. O homem tratou de buscar explicações racionais para acontecimentos da natureza antes não explicáveis. Esse desenvolvimento humano na esfera filosófica refletiu-se em todos os níveis, abalando consideravelmente as estruturas cristãs.
A Encíclica "Rerum Novarum" nasceu com uma missão principal: conciliar o que parecia inconciliável, forçando o Estado a intervir no liberalismo, tentando impedir, desta forma, a proliferação das idéias marxistas, preservando, assim, o poder
religioso, ante a radicalização enfrentada à época. Leão XIII, na realidade, como muitos outros, estava apavorado tanto com o conflito quanto com os socialistas e os liberais. Por isso, podemos afirmar que a Rerum Novarum impressionou pelo dualismo inconciliável, pelo relativismo e pela ausência de definição, já que era contra as idéias liberais e socialistas e defendia a propriedade particular, condenando a coletivização desta, sob a égide de que ela (propriedade) seria uma espécie de "direito natural" do homem, sendo, como tal, "divino".
Pode-se afirmar, ainda, seguindo o pensamento de grandes historiadores, que a contribuição maior da Encíclica foi o reforço à idéia de uma maior participação do Estado na economia, todavia isso não foi pregado com o intuito de salvar do flagelo os
esfarrapados e famintos operários. O objetivo maior, imediato, era, logicamente, a manutenção da posição conquistada pela Igreja Católica, através de intermináveis séculos, onde espadas e orações confundiram-se em cruzadas e conquistas sangrentas. Não há como esconder o fato da Igreja Católica estar, acima de tudo, defendendo seus próprios interesses, basta observar a repressão a que foram submetidos os integrantes da chamada "teologia da libertação", chegando a serem apenados com o "silêncio". A Igreja, em todos os movimentos ditos religiosos, desde as cruzadas, passando pela "catequização dos selvagens", até as encíclicas, sempre atuou como Estado Católico, defendendo seus interesses de império, já que, como um grande historiador já dizia, "a espada e a cruz sempre atuaram com extrema cumplicidade".
Perguntas interessantes