Qual foi o efeito político desencadeado pela crise do petróleo e pelo consequente fim do milagre? por favor me ajudem
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Resposta:
O Prof. Alkimar R. Moura, em comentário1 sobre o artigo de minha autoria publicado nesta revista,2 adere às suas conclusões gerais, isto é, de que a chamada crise do petróleo apenas, apressou o fim do milagre mas não foi sua causa; colocando, no entanto, restrições em alguns pontos de meus argumentos. Minha satisfação ao ler tal comentário foi dupla, não só pela concordância de seu autor com a linha geral do artigo, como também porque ela deu oportunidade para a discussão mais detalhada de algumas afirmações que talvez não tenham, ficado claras e que são de importância para o assunto.
Em outro artigo, Wells e Sampaio são mais explícitos a respeito deste problema: "Ao optar pelo estímulo ao influxo de recursos do exterior (mesmo após se engajar em extensas operações de open-market para evitar as pressões inflacionárias), o Governo optou não apenas por uma certa inércia institucional, como também por uma determinada seletividade na alocação do crédito de não insignificantes implicações distributivas. Às subsidiárias de empresas estrangeiras - que já haviam mostrado na prática a possibilidade do esquema ao se aproveitarem da Instrução 289, para elas especialmente instituída - seguiram-se as grandes empresas e os grandes bancos brasileiros públicos e privadas. As vastas somas empregadas por estas instituições na compra de títulos de curto prazo do Governo mostram bem a capacidade do sistema, mediado pelo governo, em transformar em recursos de curto prazo, empréstimos de médio e longo prazo. A pergunta contudo continua: por que o Governo não pode realizar esta mediação sem o influxo de recursos externos em moeda? A resposta que sugerimos é que esta representou a solução mais fácil, econômica e politicamente, para implementar (sua) pragmategia" (manter altas taxas de crescimento, atendendo às necessidades das grandes empresas públicas e privadas nacionais e estrangeiras). "Em resumo, qualquer solução alternativa para suprir a deficiência do sistema financeiro privado teria parecido às autoridades ou potencialmente inflacionária
Em início de 1975, tendo em vista recuperar o nível da atividade econômica, o Governo tomou uma série de medidas de política monetária,12 e entre elas uma considerada "inédita" na história da economia: o "refinanciamento compensatório" por meio do qual colocaram à disposição dos bancos comerciais recursos correspondentes a 4,5% de seus depósitos à vista, cobrando apenas juros anuais de 6%. Ora, estes recursos, dados praticamente de graça ao sistema bancário em vez de serem aplicados em empréstimos, foram destinados à especulação em LTN e ORTN, pelas razões já mencionadas e discutidas. A princípio foram aplicados em LTN. Posteriormente porem, com o aumento dos recursos, em ORTN, letras de câmbio, certificado de depósitos, letras imobiliárias e até obrigações da Eletrobrás. Sendo essas posições de títulos "financiados" com o dinheiro "refinanciamento compensatório" (bem como dos demais instrumentos utilizados para aumentar a liquidez dos empréstimos concedidos às empresas, incentivos à exportação, títulos não recolhidos), não é de se estranhar a crise de cheques sem fundos, que ocorreu quando o Governo reduziu os meios de pagamento; uma vez que os títulos, independente dos prazos, eram transacionados com garantia de liquidez dada pelas "cartas de recompra".
Explicação:
me dar melhor nota pfvr