Geografia, perguntado por elioenaiprfo, 1 ano atrás

Qual foi a participação da India No BRICS  (Resumo)

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Respondido por julia2015j
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O grupo BRICS define as nações emergentes com maior potencial para crescimento econômico do mundo, sendo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.  Dentro deste grupo, a Índia merece destaque pela produção de manufaturas - ainda que em menor proporção que os chineses – e principalmente pelo desenvolvimento do setor de serviços, desde os mais especializados e que exigem maior qualificação da mão de obra até os call centers, em que a fluência na língua inglesa é o maior requisito para esse posto de trabalho. A Índia tem uma população superior a 1,3 bilhão de pessoas e foi o país que mais contribuiu para o crescimento da população mundial nos últimos anos (com um crescimento médio anual de 16 milhões de habitantes). Em 2030, deverá se tornar o país mais populoso do mundo, principalmente por não contar com uma política de natalidade e pela cultura predominante do país estar relacionada ao hinduísmo, que considera os nascimentos sagrados devido à crença nas reencarnações: restringir um nascimento é compreendido como limitar a evolução espiritual de uma alma. Em um cenário de envelhecimento mais avançado na Europa, Japão e em andamento em várias outras localidades, essa característica pode favorecer a Índia, mantendo uma enorme força de trabalho e possibilitando o fortalecimento de um mercado interno de consumo, pois a classe média indiana já ultrapassou a marca de 200 milhões de pessoas. Mas o mesmo aspecto que pode produzir crescimento também expõe um desafio para o governo da Índia, pois o país ainda possui baixíssimos indicadores sociais, com a pior rendaper capita entre os BRICS, pouco mais de US $ 1.500.  Além disso, A Índia é o único membro do grupo que ainda não pode ser considerado urbano, detendo um enorme contingente de habitantes vivendo no campo, algo em torno de 70% do total da população. Uma das áreas de afirmação da Índia no panorama mundial é a indústria tecnológica. Trata-se de um dos países mais bem situados no ranking mundial das principais empresas tecnológicas em virtude da qualidade das suas universidades e da formação dada nesse segmento. A região de Bangalore, ao Sul, é conhecida mundialmente como o Vale do Silício da Índia, uma menção ao maior centro desenvolvedor de tecnologia dos Estados Unidos localizado nos arredores da cidade de São Francisco, no estado da Califórnia. Com uma taxa de crescimento econômico que, em termos médios anuais, deverá se situar em torno dos 6 a 8% nos próximos anos, não há dúvidas sobre a relevância da Índia no contexto mundial, apesar da diminuição dos picos de 8% a 9% de crescimento que ocorreram nos anos anteriores. Em meio à crise de liquidez doméstica e global, a dependência das exportações de baixo valor agregado, aliado a uma base de grande consumo e à elevada proporção de empregos (dois terços) e renda (metade) provenientes das zonas rurais, o consumo no país tem mantido um nível estável.   O crédito é em grande parte canalizado pelos bancos domésticos, especialmente os estaduais, que têm oferecido empréstimos com baixas taxas de juros. As exportações mantiveram-se, apesar de repercussões sobre o emprego e os gastos dos consumidores.  A correção dos preços do petróleo e as grandes reservas de divisas ajudaram o país a resistir à saída de capitais em 2008. O alto retorno em bens imobiliários e de infraestrutura impulsionou a entrada de capitais.
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