História, perguntado por ednarodriguess17985, 4 meses atrás

Qual foi a estratégia usada pela aliança liberal que não aceitou o resultado das eleições para colocar Getúlio Vargas no poder ?

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Respondido por rhaysssasantosnascim
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Resposta:

A Revolução de 1930 foi uma revolta armada organizada pelas oligarquias de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba contra o governo vigente. Essa revolta armada ocorreu por insatisfações das três oligarquias citadas com o domínio excessivo dos paulistas sobre a política. Os levantes armados que aconteceram causaram o fim da Primeira República e o início da Era Vargas.

Antecedentes

A Revolução de 1930 foi consequência da decadência do arranjo político que caracterizou o período da Primeira República. A crise política da Primeira República estava diretamente relacionada com a corrida eleitoral de 1930, na qual a quebra do acordo político vigente fez com que um grupo que representava as oligarquias de três estados se revoltasse contra o presidente.

Assim, com a aproximação do processo eleitoral, a oligarquia mineira estava à espera de que o presidente escolhesse um candidato deles. Naquele período, o candidato mineiro que possuía maiores chances de ser nomeado era o presidente do estado de Minas Gerais, Antônio Carlos Ribeiro de Andrada.

A crise política iniciou-se quando o presidente, em uma cerimônia política organizada em 1928, informou que seu candidato seria Júlio Prestes, presidente do estado de São Paulo. A escolha de um político paulista, e não mineiro, significava uma quebra no acordo político vigente. A partir desse momento, Antônio Carlos Ribeiro de Andrada passou a conspirar contra o governo de Washington Luís.

Eleições de 1930

A articulação política realizada por Antônio Carlos e pela oligarquia mineira mobilizou as oligarquias do Rio Grande do Sul e da Paraíba contra Júlio Prestes, o candidato indicado por Washington Luís. As oligarquias dissidentes uniram-se e lançaram uma chapa eleitoral que ficou conhecida como Aliança Liberal. Essa chapa lançou Getúlio Vargas como candidato a presidente e João Pessoa como candidato a vice-presidente.

A disputa eleitoral travada pelas candidaturas de Júlio Prestes e de Getúlio Vargas foi bastante acirrada. O Brasil não presenciava uma campanha eleitoral tão parelha assim desde as eleições de 1910. A Aliança Liberal, composta por três oligarquias poderosas no quadro político nacional, também contou com a adesão dos tenentistas e apresentou um “novo projeto político”, o qual diziam ser diferente do velho projeto político oligárquico.

A respeito do projeto político da Aliança Liberal, segue a afirmação das historiadoras Lilia Schwarcz e Heloisa Starling:

A coalizão oposicionista utilizava o termo “Liberal” para sublinhar a pretensão de introduzir na vida pública nacional um modo novo de pensar o Brasil, intimamente associado à emergência de um programa de modernização do país. “Liberal”, no caso, exprimia um impulso para a indústria, trazia à tona o tema da incorporação de novos setores sociais na vida republicana e indicava a disposição deste grupo, uma vez no poder, de enfrentar a problemática dos direitos sociais: jornada de trabalho de oito horas, férias, salário mínimo, proteção ao trabalho feminino e infantil|1|.

Além disso, durante a campanha eleitoral, a Aliança Liberal expressava a defesa pela “anistia aos tenentes e militares rebelados entre 1922 e 1927, concessão de direitos sociais aos trabalhadores, introdução do voto secreto, diversificação econômica, além do compromisso com a realização de obras para combater a seca nordestina”|2|.

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As eleições foram realizadas em março de 1930 e prevaleceu a velha tradição política da Primeira República: a fraude. Os resultados eleitorais foram fraudados dos dois lados, mas, no final, prevaleceu o poder da oligarquia paulista e, assim, Júlio Prestes venceu as eleições, com aproximadamente 1,1 milhão de votos contra aproximadamente 750 mil votos para Getúlio Vargas.

Revolução de 1930

Após ser derrotado nas eleições presidenciais, Getúlio Vargas retornou ao seu cargo de presidente do Rio Grande do Sul e, apesar de lançar críticas ao governo, tratou de se reaproximar da oligarquia paulista. No entanto, havia membros da Aliança Liberal que não estavam satisfeitos com a derrota e partiram para a conspiração a fim de derrubar os paulistas do poder conforme afirma Thomas Skidmore:

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