Filosofia, perguntado por Helen893, 1 ano atrás

qual foi a estrategia proposta por facis bacon para combater os idolos

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Respondido por leharaaujo
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O método indutivo foi criado por Bacon a fim de combater os erros provocados pelos ídolos, que, dentro da filosofia desse pensador, representam falsas noções, preconceitos e maus hábitos mentais. Bacon formulou a Teoria dos Ídolos para deixar o homem consciente das falsas noções que congestionam sua mente. Os ídolos podem ser de quatro gêneros: os ídolos da tribo, os ídolos da caverna, os ídolos do foro e os ídolos do teatro.

a) “Os ídolos da tribo estão fundados na própria natureza humana, na própria tribo ou espécie humana. (…) O intelecto humano é semelhante a um espelho que reflete desigualmente os raios das coisas e, dessa forma, as distorce e corrompe**”;

Assim sendo, os ídolos da triboreferem-se às noções fundadas na tendência do intelecto humano de misturar a própria natureza com a natureza das coisas que observa. Por isso, ele não as conhece verdadeiramente.

b) “Os ídolos da caverna são os dos homens enquanto indivíduos. Pois cada um – além das aberrações próprias da natureza humana em geral – tem uma caverna ou uma cova que intercepta e corrompe a luz da natureza: seja devido à educação ou conversação com os outros; seja pela leitura dos livros ou pela autoridadedaqueles que se respeitam e admiram** (...)”

De acordo com essa ideia, os ídolos da caverna são aqueles que derivam da pessoa que está fazendo a análise, da sua natureza singular, formada pelas suas características mais fundamentais e também por hábitos cultivados, pela educação que recebeu ou pelas pessoas com quem conviveu.

c) “Há também os ídolos provenientes, de certa forma, do intercurso e da associação recíproca dos indivíduos do gênero humano entre si, a que chamamos de ídolos do foro devido ao comércio e consórcio entre os homens. Com efeito, os homens se associam graças ao discurso, e as palavras são cunhadas pelo vulgo. E as palavras, impostas de maneira imprópria e inepta, bloqueiam espantosamente o intelecto**”.

Assim, os ídolos do foro são aqueles formados a partir da linguagem, das palavras que, segundo Bacon, não são dominadas pela razão humana, como acreditamos. As palavras exercem grande impacto sobre a razão. Os ídolos que penetram no intelecto por meio das palavras podem ser: aqueles que atribuem nomes a coisas inexistentes, fazendo parecer que são reais (ex. Sorte), e também aqueles que atribuem nomes confusos e indeterminados a coisas que existem, formados a partir de abstrações impróprias delas.

d) “Há, por fim, ídolos que migram para o espírito dos homens por meio das diversas doutrinas filosóficas e também pelas regras viciosas da demonstração. São os ídolos do teatro: por parecer que as filosofias adotadas ou inventadas são outras tantas fábulas, produzidas e representadas, que figuram mundos fictícios e teatrais”.

Os ídolos do teatro são os derivados de doutrinas filosóficas e suas demonstrações que convencem o intelecto de ideias que não podem ser validadas. Para Bacon, há três tipos de ídolos do teatro: Os ídolos sofistas, os ídolos empíricos e os ídolos supersticiosos. Os primeiros são as conclusões baseadas em experiências que não foram provadas; os segundos se referem às conclusões tiradas de poucos experimentos sobre os quais se constroem sistemas filosóficos; os terceiros são as conclusões formadas como um amálgama entre filosofia, teologia e tradições.


Respondido por andreiaoliva
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Resposta:

a) “Os ídolos da tribo estão fundados na própria natureza humana, na própria tribo ou espécie humana. (…) O intelecto humano é semelhante a um espelho que reflete desigualmente os raios das coisas e, dessa forma, as distorce e corrompe**”;

Assim sendo, os ídolos da triboreferem-se às noções fundadas na tendência do intelecto humano de misturar a própria natureza com a natureza das coisas que observa. Por isso, ele não as conhece verdadeiramente.

b) “Os ídolos da caverna são os dos homens enquanto indivíduos. Pois cada um – além das aberrações próprias da natureza humana em geral – tem uma caverna ou uma cova que intercepta e corrompe a luz da natureza: seja devido à educação ou conversação com os outros; seja pela leitura dos livros ou pela autoridadedaqueles que se respeitam e admiram** (...)”

De acordo com essa ideia, os ídolos da caverna são aqueles que derivam da pessoa que está fazendo a análise, da sua natureza singular, formada pelas suas características mais fundamentais e também por hábitos cultivados, pela educação que recebeu ou pelas pessoas com quem conviveu.

c) “Há também os ídolos provenientes, de certa forma, do intercurso e da associação recíproca dos indivíduos do gênero humano entre si, a que chamamos de ídolos do foro devido ao comércio e consórcio entre os homens. Com efeito, os homens se associam graças ao discurso, e as palavras são cunhadas pelo vulgo. E as palavras, impostas de maneira imprópria e inepta, bloqueiam espantosamente o intelecto**”.

Assim, os ídolos do foro são aqueles formados a partir da linguagem, das palavras que, segundo Bacon, não são dominadas pela razão humana, como acreditamos. As palavras exercem grande impacto sobre a razão. Os ídolos que penetram no intelecto por meio das palavras podem ser: aqueles que atribuem nomes a coisas inexistentes, fazendo parecer que são reais (ex. Sorte), e também aqueles que atribuem nomes confusos e indeterminados a coisas que existem, formados a partir de abstrações impróprias delas.

d) “Há, por fim, ídolos que migram para o espírito dos homens por meio das diversas doutrinas filosóficas e também pelas regras viciosas da demonstração. São os ídolos do teatro: por parecer que as filosofias adotadas ou inventadas são outras tantas fábulas, produzidas e representadas, que figuram mundos fictícios e teatrais”.

Os ídolos do teatro são os derivados de doutrinas filosóficas e suas demonstrações que convencem o intelecto de ideias que não podem ser validadas. Para Bacon, há três tipos de ídolos do teatro: Os ídolos sofistas, os ídolos empíricos e os ídolos supersticiosos. Os primeiros são as conclusões baseadas em experiências que não foram provadas; os segundos se referem às conclusões tiradas de poucos experimentos sobre os quais se constroem sistemas filosóficos; os terceiros são as conclusões formadas como um amálgama entre filosofia, teologia e tradições.

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