Qual foi a base da economia brasileira no século XIX e no início do século XX?
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O Brasil do século XIX, durante o império, era um Brasil de economia agro-exportadora, com
um fraco mercado consumidor decorrente da mão de obra escrava. Politicamente era dominado
por uma elite oligárquica que concentrava em suas mãos todos os privilégios, não
diferindo muito dos dias atuais. Possuía uma classe média fraca e indefinida, no início
do século, e uma classe operária que só teria alguma expressão nas duas últimas décadas.
Era um país, teoricamente, independente mas, na prática, dirigido pelos interesses estrangeiros, onde se destacava a Inglaterra. O setor industrial ainda era inexpressivo.
Esse quadro não se altera muito em relação aos outros países da América Latina, também subjugados pelo capital internacional, cujos benefícios, quando existem, favorecem apenas uma minoria privilegiada.
Antes, a América Latina, incluindo o Brasil eram colônias de países europeus.
No século XIX, independentes, continuam sendo explorados de outra forma: o neocolonialismo
ou imperialismo. Há que considerar, o fato de ter havido dois períodos colonialistas ou
imperialistas que apresentavam os mesmos objetivos, a exploração econômica, mas com características diferentes.
No antigo colonialismo, séculos XVI\XVII, as potências estrangeiras estavam interessadas na obtenção de produtos tropicais, metais preciosos e na exportação para as colônias de produtos manufaturados, com a finalidade exclusiva de acúmulo de capitais, em particular, metais preciosos.
Já nesse novo momento, século XIX, o imperialismo, baseava-se predominantemente no domínio econômico, sendo que no campo político o domínio era menos explícito. Os produtos que agora ambicionam e necessitam são, principalmente, carvão, ferro, petróleo e produtos alimentícios.
As potências industrializadas continuam exportando suas manufaturas, inundando os mercados consumidores da América Latina, mas, o mais importante é exportar para estas regiões subdesenvolvidas, os capitais excedentes que busca oportunidades mais lucrativas. Uma outra utilidade dos países subdesenvolvidos da América Latina é a de servir de área para despejar o excesso populacional dos países da Europa, o que motiva, no século XIX, uma intensa imigração.
A massa de imigrantes que deixa a Europa na Segunda metade do século XIX, chegando á
América Latina, transforma profundamente a paisagem humana.
Ate meados do século XIX, a América é um território eminentemente índio e negro. O novo fluxo migratório passa a valorizar as áreas temperadas da Argentina, do Uruguai e do sul do Brasil,
para onde se dirigem, sobretudo, os italianos. Á partir da Segunda metade do século XIX, a Argentina recebe, por volta de 6 milhões de imigrantes, o Uruguai, 1 milhão e o Brasil, entre Italianos, portugueses, espanhóis e alemães, recebe cerca de 3 milhões.
Para a Argentina e o Brasil, essa onda migratória tem importantes reflexos econômicos.
A Argentina de importadora de cereais, passa a exportadora de trigo.
No Brasil, o centro de gravidade econômica desloca-se definitivamente do norte para o
sul\sudeste, com predomínio de São Paulo;
A população branca tende a sobrepujar as outras etnias passando de 31% para 52%;
A crise da mão de obra na lavoura cafeeira, provocada pela extinção do tráfico de escravos, é,
enfim, superada.
Essa chegada maciça de imigrantes europeus que valorizam as áreas temperadas em detrimento
das tropicais, é notada hoje no maior desenvolvimento das regiões sul do Brasil e do restante da América Latina e foi fator importante para os países desenvolvidos, na medida em que promoveu
o fortalecimento do mercado consumidor nessas regiões devido á mão de obra assalariada.
A América Latina, ao longo do século XIX, foi pressionada por uma forma de dependência
colonial causada pelo grande volume de capitais que aqui aportaram.
Os investimentos britânicos vão se concentrar, predominantemente, na Argentina, onde
controlavam as estradas de ferro e frigoríficos, reduzindo-a á condição de colônia
financeira da Grã Bretanha.
Em segundo lugar, o Brasil, onde os investimentos se dirigem para a construção de estradas de ferro, portos, exploração de jazidas minerais, plantações de café, correios, etc visando criar uma infra-estrutura econômica que servisse de base á exploração das riquezas que interessasse mais diretamente ao capital internacional.
Em seguida vem outros países como o México, Chile ,Uruguai, Peru e Cuba.
O segundo grande investidor é a França e o terceiro,a Alemanha. A América latina, mesmo
depois de libertar do jugo colonial ibérico, foi incapaz de conduzir sua economia de forma independente, convertendo-se em fornecedora de matérias primas e alimentos.
De fato, a independência é apenas parcial, pois a exploração econômica continua em outras
bases, de modo que a independência econômica fica por concluir.
(faça um resumo desse resumo que fiz e tire 10)
Espero ter ajudado :)
um fraco mercado consumidor decorrente da mão de obra escrava. Politicamente era dominado
por uma elite oligárquica que concentrava em suas mãos todos os privilégios, não
diferindo muito dos dias atuais. Possuía uma classe média fraca e indefinida, no início
do século, e uma classe operária que só teria alguma expressão nas duas últimas décadas.
Era um país, teoricamente, independente mas, na prática, dirigido pelos interesses estrangeiros, onde se destacava a Inglaterra. O setor industrial ainda era inexpressivo.
Esse quadro não se altera muito em relação aos outros países da América Latina, também subjugados pelo capital internacional, cujos benefícios, quando existem, favorecem apenas uma minoria privilegiada.
Antes, a América Latina, incluindo o Brasil eram colônias de países europeus.
No século XIX, independentes, continuam sendo explorados de outra forma: o neocolonialismo
ou imperialismo. Há que considerar, o fato de ter havido dois períodos colonialistas ou
imperialistas que apresentavam os mesmos objetivos, a exploração econômica, mas com características diferentes.
No antigo colonialismo, séculos XVI\XVII, as potências estrangeiras estavam interessadas na obtenção de produtos tropicais, metais preciosos e na exportação para as colônias de produtos manufaturados, com a finalidade exclusiva de acúmulo de capitais, em particular, metais preciosos.
Já nesse novo momento, século XIX, o imperialismo, baseava-se predominantemente no domínio econômico, sendo que no campo político o domínio era menos explícito. Os produtos que agora ambicionam e necessitam são, principalmente, carvão, ferro, petróleo e produtos alimentícios.
As potências industrializadas continuam exportando suas manufaturas, inundando os mercados consumidores da América Latina, mas, o mais importante é exportar para estas regiões subdesenvolvidas, os capitais excedentes que busca oportunidades mais lucrativas. Uma outra utilidade dos países subdesenvolvidos da América Latina é a de servir de área para despejar o excesso populacional dos países da Europa, o que motiva, no século XIX, uma intensa imigração.
A massa de imigrantes que deixa a Europa na Segunda metade do século XIX, chegando á
América Latina, transforma profundamente a paisagem humana.
Ate meados do século XIX, a América é um território eminentemente índio e negro. O novo fluxo migratório passa a valorizar as áreas temperadas da Argentina, do Uruguai e do sul do Brasil,
para onde se dirigem, sobretudo, os italianos. Á partir da Segunda metade do século XIX, a Argentina recebe, por volta de 6 milhões de imigrantes, o Uruguai, 1 milhão e o Brasil, entre Italianos, portugueses, espanhóis e alemães, recebe cerca de 3 milhões.
Para a Argentina e o Brasil, essa onda migratória tem importantes reflexos econômicos.
A Argentina de importadora de cereais, passa a exportadora de trigo.
No Brasil, o centro de gravidade econômica desloca-se definitivamente do norte para o
sul\sudeste, com predomínio de São Paulo;
A população branca tende a sobrepujar as outras etnias passando de 31% para 52%;
A crise da mão de obra na lavoura cafeeira, provocada pela extinção do tráfico de escravos, é,
enfim, superada.
Essa chegada maciça de imigrantes europeus que valorizam as áreas temperadas em detrimento
das tropicais, é notada hoje no maior desenvolvimento das regiões sul do Brasil e do restante da América Latina e foi fator importante para os países desenvolvidos, na medida em que promoveu
o fortalecimento do mercado consumidor nessas regiões devido á mão de obra assalariada.
A América Latina, ao longo do século XIX, foi pressionada por uma forma de dependência
colonial causada pelo grande volume de capitais que aqui aportaram.
Os investimentos britânicos vão se concentrar, predominantemente, na Argentina, onde
controlavam as estradas de ferro e frigoríficos, reduzindo-a á condição de colônia
financeira da Grã Bretanha.
Em segundo lugar, o Brasil, onde os investimentos se dirigem para a construção de estradas de ferro, portos, exploração de jazidas minerais, plantações de café, correios, etc visando criar uma infra-estrutura econômica que servisse de base á exploração das riquezas que interessasse mais diretamente ao capital internacional.
Em seguida vem outros países como o México, Chile ,Uruguai, Peru e Cuba.
O segundo grande investidor é a França e o terceiro,a Alemanha. A América latina, mesmo
depois de libertar do jugo colonial ibérico, foi incapaz de conduzir sua economia de forma independente, convertendo-se em fornecedora de matérias primas e alimentos.
De fato, a independência é apenas parcial, pois a exploração econômica continua em outras
bases, de modo que a independência econômica fica por concluir.
(faça um resumo desse resumo que fiz e tire 10)
Espero ter ajudado :)
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21
século XIX é café e borracha, no século XX é industrias de base.
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