qual era o requisito para poder fazer parte da FNB
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Resposta:
- Frente Negra Brasileira
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Frente Negra Brasileira
- Fundação 16 de setembro de 1931
Registro 1936
Dissolução maio de 1938
Ideologia ultranacionalismo
Luta pelo direitos civis dos negros
Espectro político Extrema-direita[1]
Publicação A Voz da Raça
País Brasil
Outros nomes Sociedade Negra Princesa Isabel
União Negra Brasileira
Cores Preto
Política do Brasil
Partidos políticos
Eleições
- Frente Negra Brasileira (FNB) foi um movimento negro brasileiro, fundado em 16 de Setembro de 1931,[2] tendo sido reconhecido como partido político em 1936, vigendo até o golpe de 1937. Após Getúlio Vargas declarar o fim dos partidos políticos e das eleições livres em novembro de 1937, a FNB foi declarada ilegal e dissolvida, sobrevivendo sob o nome União Negra Brasileira até maio de 1938[3]. Em alguns municípios, como em Cássia, no Sul de Minas, a Frente converteu-se em sociedade recreativa e passou a se chamar Sociedade Negra Princesa Isabel para contornar a repressão, porém mesmo tomando essas medidas, foi fechada em março de 1938[4].
Seus principais fundadores foram Arlindo Veiga dos Santos, José Correia Leite, Isaltino Veiga dos Santos, Gervásio de Moraes, Jaime de Aguiar, Raul Joviano do Amaral, Abdias do Nascimento e Justiniano Costa, que foi presidente da segunda diretoria e na gestão do qual ela torna-se um partido político e é fechada por Getúlio Vargas em (1937), entre outros.
Um dos principais difusores das idéias e propostas da Frente Negra Brasileira (FNB) foi o jornal A Voz da Raça, criado em 18 de maço de 1933, por Fernando Costa[5], que contou com a colaboração de inúmeros intelectuais ao longo dos anos, dentre eles, Plínio Salgado[6].
História
Nas palavras de Abdias do Nascimento:[7]
Alguns dos dirigentes da FNB desde a década de vinte se esforçavam tentando articular um movimento. Houve, assim, um projeto de reunir o Congresso da Mocidade Negra, em 1928, em São Paulo, o que não chegou a se concretizar. (...) As pessoas e as ideias já vinham de antes, mas foi no início dos anos trinta que o movimento se institucionalizou na forma da Frente Negra Brasileira. (...) Como movimento de massas, foi a mais importante organização que os negros lograram após a abolição da escravatura em 1888.
A Frente fazia protestos contra a discriminação racial e de cor em lugares públicos... sob a perspectiva de integrar os negros na sociedade nacional. Dessa forma combatia a FNB os hotéis, bares, barbeiros, clubes, guarda-civil, departamentos de polícia, etc. que vetavam a entrada ao negro, o que lembrava muito o movimento pelos direitos civis dos negros norte-americanos. Uma perspectiva que eu hoje critico. Minhas lembranças não são muito seguras, mas acho que o movimento ia além das reivindicações citadas. (...) Apesar da barreira da língua, da pobreza dos meios de comunicação, a FNB permanecia alerta a todos os gestos emancipacionistas acontecidos em outros países. Foi uma vanguarda com o objetivo de preparar o negro para assumir uma posição política e econômica na representação do povo brasileiro ao Congresso Nacional.
Para Abdias, o fracionamento da FNB se deveu à polarização política das lideranças do movimento. Enquanto Arlindo Veiga dos Santos liderava o Movimento Patrianovista, movimento nacionalista, tradicionalista, católico e monarquista alinhado à Ação Integralista Brasileira, José Correia Leite se filiava ao pensamento socialista.[7]
Alguns de seus membros depois fundaram a Associação dos Negros Brasileiros em 1943.[8]
Explicação: