qual era o papel das mulheres na Revolução constitucionalista
Soluções para a tarefa
Resposta:
leia para ter uma resposta facil ou copie trechos
Explicação:
Foi quase sem querer que ela descobriu a relação da família com a História. Em 2001, quando foi trabalhar como monitora no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, e passou a realizar visitas ao Obelisco, o Monumento Mausoléu aos Heróis de 32, ela soube. A artista plástica e pesquisadora Camila Giudice entrou em contato com a História da revolução e comentou com seu pai. “Minha mãe sempre deixou no porta-retratos uma fotografia do meu avô, fardado, com um olhar de muito orgulho, e foi nesta ocasião que meu pai contou que a foto era de quando meu avô combateu na Revolução Constitucionalista”, lembra ela.
Quando descobriu, seu avô, Paulo Lobato Giudice, já havia falecido — sem nunca ter falado de sua participação no movimento para a neta. Mas Camila começou a ir atrás. “Quando o assunto foi introduzido na família, fui descobrindo aos poucos sobre a participação dele e de outros parentes. Em um levantamento atual, registrei cerca de 20 participantes, tanto da família da minha avó paterna quanto do meu avô paterno”, conta. As mulheres da família de Camila participaram como voluntárias, principalmente como enfermeiras e no apoio aos soldados em São João da Boa Vista, interior de São Paulo. Estima-se que ao menos 72 mil atuaram na Revolução Constitucionalista.
Publicidade
Hoje, essa atuação feminina já é mais conhecida. No entanto, isso levou um tempo para acontecer. “Acredito que as pessoas associam o combate aos homens, mas nem sempre se lembram da base que os sustentaram por muito tempo. Apesar de conhecermos algumas mulheres que foram aos fronts, ainda a participação dos soldados é mais vista”, explica Camila.
Ela conta que as mulheres conquistaram os lugares que eram atribuídos aos homens no sustento dos lares. “A partir do momento que a mulher saiu de casa, não voltou mais. A partir da nova Constituinte elas tiveram o direito ao voto, ocuparam diversos postos no trabalho, fizeram grandes campanhas de arrecadação que culminaram em construção de Santas Casas”, destaca Camila, que após começar a ter contato com sua história assumiu o cargo voluntário na Diretoria de Comunicação Social da Sociedade Veteranos de 32 – MMDC. Ela também atuou como presidente da Comissão dos Familiares dos Heróis de 32, fez pinturas sobre o tema e montou exposições de acervos de peças da época e homenagens.